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HI-TECH: Paraibano usa horas vagas para criar aplicativo que ajuda universitários

Ferramenta auxilia estudantes universitários no gerenciamento de notas.
Por hobby, funcionário público formado em computação criou a ferramenta.

 Do G1 PB
aplicativo eNotas desenvolvido por paraibano (Foto: Maurício Melo/G1)
Aplicativo eNotas desenvolvido pelo paraibano Luciano Medeiros (Foto: Maurício Melo/G1)

Um aplicativo para smartphone que permite ao estudante de qualquer universidade do país gerenciar seu desempenho acadêmico foi criado e disponibilizado gratuitamente pelo funcionário público paraibano Luciano Medeiros, que desenvolveu a ferramenta para a plataforma Android, por hobby.

Durante as horas vagas, Medeiros se dedicava ao ‘eNotas’, que permite registrar as notas, médias referentes às disciplinas cursadas, quantidade de créditos pagos e cálculo do Coeficiente de Rendimento Escolar (CRE).

Luciano Medeiros, que é formado em computação pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), contou que percebeu entre os seus amigos da universidade a necessidade de uma ferramenta com as características do aplicativo criado por ele, mas que após pesquisar e não encontrar nada parecido, resolveu criar o produto, inicialmente como um caso de teste e para colocar em prática os conhecimentos.

“Esse aplicativo é um hobby para mim, foi mais uma prova de conceito para eu aprender o que eu estava estudando. O tempinho que eu tinha livre eu ia desenvolvendo. A visão do aplicativo eu sempre discutia com os meus colegas da universidade, para saber como eles pensariam na interface, na funcionalidade. Fiz uma pesquisa de campo, dentro da minha rede de contatos, aí fui desenvolvendo, até que no dia 21 de abril deste ano eu liberei o aplicativo na Play Store”, disse Medeiros.

Alunos da UFPB podem importar dados do histórico, mas aplicativo pode ser usado por estudantes de todo o país (Foto: Reprodução/eNotas)
Alunos da UFPB podem importar dados do histórico, mas o aplicativo pode ser usado por estudantes de todo o país (Foto: Reprodução/eNotas)

Fanático por tecnologia, segundo ele mesmo, Luciano disse que em sua pesquisa encontrou alguns aplicativos que funcionavam apenas como bloco de notas, mas nenhum que ajudasse no cálculo de médias, CRE ou para registro do desempenho escolar voltado para o ambiente universitário, com as necessidades percebidas por ele.

“Como eu tenho muitos conhecidos na UFPB, um deles estava me contando sobre a situação de amigos que  tinham ido para a final em uma disciplina e que não sabiam  como calcular quanto precisariam tirar para passar, aí eu fiquei pensando que, para mim enquanto aluno de exatas, isso era muito trivial, mas realmente tem muita gente que não sabe fazer esse cálculo, principalmente os alunos novatos”, justificou Luciano Medeiros.

Ao instalar o eNotas no celular, o usuário vai encontrar uma interface intuitiva, onde pode inserir as disciplinas que está cursando de três maneiras: manualmente, digitando o nome da disciplina, o semestre e a quantidade de créditos, por QR code, ou ainda, se o usuário for aluno da UFPB, vai precisar apenas digitar o número da matrícula, a senha no sistema da universidade e importar os dados do seu histórico para o aplicativo, monitorando seu desempenho sempre que o banco de dados for atualizado pelos professores.

Quanto menor a dificuldade em utilizar um aplicativo e quanto maior for o valor que ele lhe dá de retorno, mais você utiliza o aplicativo
Luciano Medeiros

“Na primeira versão só existia a opção de entrada manual dos dados. Ainda na parte de menu do sistema, você pode definir, por exemplo, qual é a média da sua universidade para você não ir para a final, porque na UFPB são valores, mas em outras universidades já é diferente, então eu fiz ele bem aberto para permitir que qualquer aluno, de qualquer instituição de ensino superior do país possa utilizar, basta configurar essas médias e inserir as disciplinas manualmente. A funcionalidade de importação de dados, por enquanto, é só para alunos da UFPB”, explicou.

A cada prova realizada no semestre, o aluno pode inserir as notas que tira nas avaliações e o aplicativo vai calculando seu desempenho, mostrando as notas individuais de cada prova e a média parcial já alcançada na disciplina. No caso de uma eventual ida para recuperação final, o sistema mostra quanto o aluno deve tirar para ser aprovado.

Se o aluno tiver usado o recurso da importação dos dados, ele também tem a opção de esperar pela atualização do sistema da universidade no final do semestre, mas nesse caso, ele só poderá ver o registro de sua média final na disciplina ou se foi aprovado ou reprovado e não cada nota individual.

Ferramenta organiza dados em gráficos e permite uma análise detalhada do desempenho do estudante (Foto: Reprodução/eNotas)
Ferramenta organiza dados em gráficos e permite uma análise detalhada do desempenho do estudante (Foto: Reprodução/eNotas)

Outro propriedade do eNotas é a função estatísticas, onde todas as informações inseridas no aplicativo são apresentadas em gráficos, dando ao usuário uma visão bastante detalhada de todo o seu desempenho acadêmico.

Desde abril, quando foi lançado, o eNotas  teve 829 downloads, desse total, 480 permanecem com o aplicativo instalado e em uso no smartphone.

A liberação do aplicativo na Play Store também possibilita que o desenvolvedor receba um ‘feedback’ dos usuários, que avaliam o produto e sugerem modificações. Foi essa troca de ideias que levou Medeiros a adicionar a opção de importação de dados ao aplicativo e recentemente começar a desenvolver uma nova funcionalidade, que é o agendamento de provas e atividades para cada disciplina.

“Eu já dei uma adiantada na funcionalidade de agendar eventos para as disciplinas, assim que terminar acho que os downloads irão aumentar também, pois é uma funcionalidade muito pedida pelos usuários. Acredito que daqui para o final do mês eu deva estar lançando uma atualização”, informou.

O aplicativo do paraibano está disponível na Play Store apenas para a plataforma Android e Luciano diz que, no momento, não pensa em cobrar nada pelo produto.

“Inicialmente até pensei em colocar propagandas no aplicativo, ou fazer duas versões uma gratuita e outra paga. Mas com o decorrer do desenvolvimento, até para diminuir o trabalho, decidi fazer tudo gratuito mesmo. Não tenho tanta certeza do futuro. Já pensei várias vezes em colocar pelo menos propaganda, que eu ganharia por clique. Mas por enquanto deixarei assim mesmo. Não é certeza deixar para sempre gratuito, mas tudo indica que sim”, finalizou.

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