google.com, pub-3431032328095811, DIRECT, f08c47fec0942fa0
Home / BRASIL / Polícia divulga novo vídeo de depoimento de suposto serial killer

Polícia divulga novo vídeo de depoimento de suposto serial killer

Vigilante dá informações sobre a morte de sua 23ª vítima, em Goiânia.

Segundo a polícia, vigilante de 26 anos confessou ter matado 39 pessoas. 

Vejam o Vídeo: 

A Polícia Civil divulgou nesta sexta-feira (17) novo trecho dos depoimentos do vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, 26, que é apontado como o autor de 39 mortes em Goiânia. No vídeo, o jovem dá informações sobre a morte de sua 23ª vítima que, de acordo com as características dadas por ele, é Bruna Gleycielle de Sousa Gonçalves, de 26 anos.

Na filmagem, o delegado Douglas Pedroso fala o número “23” e o vigilante responde “Setor Bueno”, referindo-se ao bairro de Goiânia onde Bruna foi morta. Pedroso segue: “Setor Bueno. Você lembra o nome da menina?” e Tiago responde que não. O delegado continua o interrogatório: “Como que foi? Ela estava acompanhada, desacompanhada, foi dia ou noite?”. “Noite”, responde o jovem.

Douglas Pedroso pergunta mais uma vez: “Essa moça foi morta com um tiro na cabeça ou no peito?” e Tiago responde de imediato que foi no peito. O delegado questiona de quantas pessoas a vítima estava acompanhada e o rapaz afirma: “Duas”.

Bruna foi assassinada no dia 8 de maio, em um ponto de ônibus na Avenida T-9, no Setor Bueno. Segundo relato de testemunhas, o homem se aproximou, pediu o celular da vítima e, antes mesmo dela pegar o aparelho na bolsa, o suspeito atirou. Ele fugiu sem o telefone. A vítima, que tinha acabado de sair do trabalho, morreu no local.

Interrogatório
O delegado relata que Tiago não tratou as vítimas pelos nomes e sim por números.“Todos os policiais que acompanharam o interrogatório ficaram chocados com a frieza, tanto com o modus operandi  quanto na forma de arquitetar a ideia na mente dele. Ele identificava cada vítima pelo número: número 30, número 12″, disse.

O delegado afirma que Tiago lembra com detalhes os assassinatos que teria cometido. “Depois da admissão de um crime, ele ficava aproximadamente cinco minutos em estado catatônico, segundo ele, relembrando o crime. Depois disso, ele começava a falar dando detalhes de local e da emoção que ele sentia. Ele não tinha detalhes do rosto, ele tinha detalhes da agressão”, explicou Pedrosa.

Além da “frieza” durante o depoimento, o delegado conta que o suspeito fica alterado na presença de mulheres e, por algumas vezes, as agentes do sexo feminino tiveram que ser trocadas por homens para que ele continuasse seu relato.

Tiago Henrique Gomes da Rocha é apontado como autor de 39 mortes em Goiânia, Goiás (Foto: Luísa Gomes/G1)
Tiago é apontado como autor de 39 mortes em Goiânia (Foto: Luísa Gomes/G1)

Prisão
O vigilante foi preso na terça-feira (14) na Avenida Castelo Branco. Em depoimento na quarta-feira (15), o vigilante contou que era o responsável por 39 assassinatos, entre eles os de homossexuais, moradores de rua e jovens.

Na manhã de quinta-feira (16), ele tentou se matar na cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos, onde está detido. O advogado do suspeito confirmou ao G1 que ele cortou os pulsos com o vidro da lâmpada. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e passa bem.

No ano passado, o Ministério Público Estadual ofereceu denúncia contra o suspeito por furtar uma placa de uma motocicleta no estacionamento de um supermercado de Goiânia. Imagens de câmeras de segurança mostram ele cometendo o crime.

Também no ano passado, ele foi preso em flagrante em uma motocicleta com placa roubada, mas foi solto. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial.

Vítimas
Dentre os crimes confessados pelo vigilante, 15 eram investigados por uma força-tarefa da Polícia Civil. Dois dos crimes investigados pela equipe não foram assumidos pelo homem: a morte de Danielly Garmus da Silva, 23 anos, e a tentativa de homicídio de Daiane Ferreira de Morais, 18.

Entretanto, ele confessou outras duas mortes de mulheres que eram apurados de forma independente e, após a confissão, a polícia os incluiu na força-tarefa. São eles os homicídios de Arlete dos Anjos Carvalho, 16, e de outra mulher identificada apenas como Edimila, mas a polícia não detalhou o caso.

Bruna, Ana Lídia, Taynara, Rosirene e Juliana são algumas das vítimas do suposto serial killer em Goiânia, Goiás (Foto: Arquivo Pessoal)
Bruna, Ana Lídia, Taynara, Rosirene e Juliana: vítimas do suposto serial killer (Foto: Arquivo Pessoal)

Outros oito homicídios confessados são de homens moradores de rua. Quinze mortes assumidas pelo homem ainda estão sendo apuradas pela polícia. Os crimes foram cometidos a partir de 2011.

Segundo Deusny, durante o depoimento, o homem lembrou com detalhes de todos os crimes. Ele citou, por ordem cronológica, os assassinatos, mas não lembra o nome de todas as vítimas.

Investigação
Apesar de no início das investigações ter afirmado ter convicção de não se tratar de um único autor das mortes de mulheres, a Polícia Civil disse agora que há cerca de um mês já tinha elementos suficientes que apontavam o vigilante como o assassino nos crimes investigados pela força-tarefa.

Mapa dos assassinatos em Goiás (Foto: Arte/ G1)

Dentre as provas reunidas, estão imagens de câmeras de segurança que, segundo a polícia, mostram que o homem tentava despistar a polícia usando uma capa vermelha sobre o tanque da moto de cor preta.

Outras provas apresentadas pelos policiais são roupas apreendidas na casa do suspeito que coincidem com as filmagens de câmeras de segurança, além de objetos como uma faca e um martelo usados para cometer os homicídios.

Mortes de mulheres
O primeiro crime da série de assassinatos contra mulheres em Goiânia ocorreu em 18 de janeiro deste ano, quando Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi executada por um motociclista no Setor Lorena Park. A morte mais recente foi a de Ana Lídia Gomes, baleada em um ponto de ônibus no Setor Conjunto Morada Nova, no dia 2 de agosto. Um motociclista passou pelo local e disparou contra a garota, que não resistiu aos ferimentos.

Entre as outras mortes investigadas pela força-tarefa estão a da dona de casa Lílian Sissi Mesquita e Silva, de 28 anos, em 3 de fevereiro, e a de Janaína Nicácio de Souza, de 25 anos, morta no dia 8 de maio. Todas as vítimas de série de assassinatos eram jovens, mas não tinham perfil parecido.

A força-tarefa da Polícia Civil foi instaurada em 4 de agosto e investigava, inicialmente, 15 assassinatos de mulheres, a execução de um homem e a tentativa de homicídio contra uma jovem.

Participam do grupo 16 delegados, sendo os nove da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), três que atuam em outras delegacias e mais três do interior do estado. Além deles, 30 agentes e dez escrivães integram a equipe.

Veja Também

Morre Akira Toryama, criador do Dragon Ball

Akira deixa uma esposa e um filho, e milhões de fans pelo mundo É com ...

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Time limit is exhausted. Please reload the CAPTCHA.

%d blogueiros gostam disto: