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Durante depoimento, Lula chama delegado da PF de ‘querido’ por 29 vezes

No dia 4 de março, o ex-presidente tornou-se alvo da 24ª fase da Operação Lava-jato e foi levado por agentes para depor no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Lula teria recebido em benefícios valores oriundos de esquema na Petrobras.

Lula tornou-se alvo da 24ª fase da Operação Lava-jato e foi levado por agentes da PF para depor (Crédito: Edilson Dantas / Agência O Globo)
Lula tornou-se alvo da 24ª fase da Operação Lava-jato e foi levado por agentes da PF para depor (Crédito: Edilson Dantas / Agência O Globo)

Confira as vezes que Lula se referiu ao delegado da PF como ‘querido’:
Declarante:­ Aí não sei, querido.

Declarante:­ Eu não sei, querido, não tenho a menor noção.

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Ah, eu não sei, querido, precisar a data.

Declarante:­ Eu não sei, querido.

Declarante:­ Não fui. Então, querido, é por isso que eu fui fazer palestras, porque foi a forma mais decente e a mais digna, recebi proposta para ser conselheiro do Banco de Desenvolvimento da China não aceitei, recebi convite para ser conselheiro de empresas multinacionais que trabalham no Brasil não aceitei, porque eu não quero ser consultor e não sou conferencista, eu sou um contador de caso, de uma história de governança bem resolvida.

Declarante:­ Não, não tenho, não tenho noção, querido, não tenho noção.

Declarante:­ Não, a viagem deles é paga, eles vão de avião de carreira antes, e a viagem deles é paga pelo esquema da presidência, no meu tempo era bem pouquinho, devia ser uns cem reais, ou seja,querido, eu vou lhe contar uma coisa, eu quando vejo denúncia de corrupção, eu vejo e acho que tem muita, eu devo lhe contar uma história, deputado Paulo, a primeira viagem que eu fiz para a ONU, 23 de setembro de 2003, os companheiros que levam a bagagem, alguns companheiros de segurança levaram, eu vou até, porque está filmando aqui, eu vou falar que tive utilidade um dia na vida, levaram frango com farinha, chegaram no hotel, aqui no hotel que todo mundo acha que é chic, o Waldorf Astoria, não tem?

Declarante:­ Eu falei a palavra “convênio”, mas, que veja, se eu for fazer uma palestra no Rio Grande do Norte, a mim interessa que esteja presente a Federação dos Empresários do Rio Grande do Norte, a Federação dos Bancos do Rio Grande do Norte, a Federação… pra mim interessa levar o grosso dos empresários locais. Então normalmente as empresas contatam com as empresas locais e fazem parceria. Às vezes é na sede da Federação do Estado, às vezes é na sede da Federação de um país, às vezes é num centro empresarial em Berlim, às vezes é num centro empresarial, sabe… na Índia. E eu vou lá pra falar do Brasil. Não vou lá pra falar de empresa, querido. Eu lá pra falar do Brasil, eu vou lá pra falar de como é possível governar um país pensando no povo, essa é a coisa que mais me dá orgulho e a coisa que mais eu faço na vida.

Declarante:­ Não sei o que é, querido.

Declarante:­ Deve ter prestado algum serviço, querido.

Declarante:­ Ah, querido, é a vida particular dele, é particular.

Declarante:­ Não, querido. Não sei.

Declarante:­ Eu não sei, não sei, querido.

Declarante:­ Ah, eu não tenho noção, querido. Eu vejo valor em 10, em
11, em 12…

Declarante:­ Não sei, não sei, querido.

Declarante:­ Não sei, querido. A única coisa que eu posso te dizer é
que, ou ficou lá, ou ficou noutro lugar.

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Não uso cartão, querido.

Declarante:­ Eu não sei, querido

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Não sei, querido.

Declarante:­ Eu não sei a data que consta, querido.

Declarante:­ Eu não sei, querido, não sei. Esse Pedro Correia era um cidadão que usava… Ele tinha um ditado que dizia o seguinte “Quem usa terno branco, sapato branco e RayBan não fica bem na oposição.” Esse cidadão era pernambucano, eu tive o prazer de ver ele uma vez, numa reunião de líderes, dentro do palácio do planalto, para discutir as medidas provisórias de interesse do governo.

Declarante:­ Não. Deixa… Eu acho que é importante esclarecer o seguinte, querido, a Petrobras é uma empresa que tem muita autonomia. Eu até brincava que na outra encarnação o presidente da Petrobras vai ser eleito democraticamente pelo povo e ele indica o Presidente da República, porque a Petrobras Tinha mais dinheiro do que o governo pra fazer investimento, porque a Petrobras tinha muito mais coisa pra fazer. Eu lembro que quando o Fernando Henrique Cardoso era Presidente ele dizia: “A Petrobras é uma caixa preta, que a gente nunca sabe o que acontece lá dentro.” Aquilo é uma corporação muito poderosa. Então as conversas que a gente tinha, a companheira Dilma, Ministra da Energia, com o Gabrielli, e antes com o Jose Eduardo Dutra que era o presidente da Petrobras. E muitas coisas que a gente decidiu eles fingiu que iam fazer e não faziam, porque eu chegava lá e predominava o interesse da corporação. Petroleiro é que nem nego da Polícia Federal, bicho, não dá moleza não, não faz o que a gente quer. Faz o que quer.

Declarante:­ Do mesmo jeito, querido. Do mesmo jeito.

Declarante:­ Acho que nenhum, querido. Nenhum, nenhum, é uma pena, que o José Dirceu era um grande dirigente político. Acho que poucas pessoas têm a cabeça privilegiada do ponto de vista político que tem o José Dirceu.
Clique aqui e confira o depoimento na íntegra.

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