As fotos de uma criança “fantasiada” de escravo para participar de uma festa de Halloween em uma escola particular de Natal, no Rio Grande do Norte, foram alvo de críticas nas redes sociais nesta segunda-feira. As imagens foram feitas pela mãe da criança, Sabrina Flor, que na postagem em seu perfil no Instagram dizia que a ideia da “fantasia” era “abrasileirar esse negócio”.
As fotos mostram que a criança, branca, usa maquiagem para simular o tom da pele negra. O menino, vestindo apenas panos brancos, usa imitações de correntes e grilhões, como aqueles usados em escravos no Brasil. A caracterização incluiu, ainda, “feridas” pelo corpo da criança.
Logo após a publicação, Sabrina recebeu elogios de alguns seguidores, como “que perfeito” e “você arrasa”, mas pouco tempo depois internautas começaram a criticar nos comentário a atitude e pediram também que a foto fosse denunciada. O conteúdo foi retirado do perfil de Sabrina e já no fim da noite não era possível acessar o perfil da mãe.
O cantor Marcelo D2 foi um dos que rechaçou a atitude de Sabrina. No Twitter, ele escreveu “Quando você pensa que já viu de tudo na vida”. Até a manhã de hoje a postagem já tinha mais de 20 mil curtidas e seis mil compartilhamentos.
A atriz Kéfera também questionou em seu perfil no Instagram a atitude da mãe. Em uma postagem, perguntou como Sabrina não percebeu que estava cometendo uma ato de racismo. Em um perfil secundário e privado na mesma rede social, Sabrina Flor escreveu que nesta terça-feira enviará “uma resposta para “Kéfera”.
Após a repercussão, Sabrina postou em sua conta no Twitter a seguinte mensagem: “Ñ leiam livros d História do Brasil. Eles dizem q existiu escravidão d negros no país, mas isso é mentira. Ñ discuta com essa afirmação, pois vc estará sendo racista, A PIOR PESSOA, um lixo Só ñ entendi ainda se o problema foi a fantasia ou o ’17’ na foto (sic)”.
Em nota, o Colégio CEI, no qual a festa foi realizada, lamentou o ocorrido. O colégio afirmou que “a escolha do traje para a participação do Haloween, feita pela família do aluno, tocou uma ferida histórica do nosso país”. A rede de ensino disse que ainda “amargamos as sequelas do trágico período da escravidão até os dias de hoje” e que o colégio não compactua com “qualquer tipo de expressão de racismo ou preconceito, tendo os princípios da inclusão e convivência com a diversidade como norte da nossa prática pedagógica”.
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