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Mulheres ainda ganham 20,5% a menos do que homens, diz IBGE

Mulheres ainda ganham menos do que os homens

igualdade de gênero ainda é uma realidade distante dos brasileiros. De acordo com o estudo Diferença do Rendimento do Trabalho de Mulheres e Homens nos Grupos Ccupacionais – PNAD Contínua 2018, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (8), mulheres ainda têm um salário menor do que os homens no mercado de trabalho.

O estudo mostra que, mesmo com uma pequena queda na desigualdade salarial entre os anos de 2012 e 2018, mulheres ganham, em média, 20,5% menos que os homens em todo o Brasil. Os dados, referentes ao quarto trimestre de 2018, avaliaram apenas pessoas entre 25 e 49 anos. Em 2017, a diferença salarial era de 21,7%, o que significa uma redução de 1,2 ponto percentual.

A disparidade entre os rendimentos médios mensais de homens (R$ 2.579,00) e mulheres (R$ 2.050,00) ainda é de R$ 529,00. Segundo o levantamento, a menor diferença foi de R$ 471,10 em 2016, quando as mulheres ganhavam 19,2% menos.

O levantamento analisou a distribuição nos grupos de trabalho e as diferenças de salário real entre mulheres e homens no mercado de trabalho entre 25 a 49 anos de idade. O estudo ainda avaliou diferenças por sexo, no mesmo grupo de idade, de acordo com as horas trabalhadas, a cor ou raça, a idade e o nível de instrução das pessoas ocupadas.

Fatores para explicar diferença entre gêneros

De acordo com o estudo, existem dois fatores que explicam a diferença no rendimento médio entre os gêneros. As mulheres recebem R$ 13,00 por hora trabalhada, enquanto os homens recebem R$ 14,20 pelo mesmo período. Além disso, elas têm menos horas trabalhadas: 37h54min (mulheres) e 42h42min (homens).

“Esse estudo mostra que a jornada média dos homens é cerca de 4h48min mais longa que a exercida pelas mulheres. Verificamos isso todos os anos, essa diferença já foi de seis horas. É uma característica do mercado de trabalho, uma vez que isso indica apenas as horas nesse setor”, diz Adriana Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Com isso, se não for considerado o tempo dedicado a afazeres domésticos e cuidados de pessoas, mulheres trabalham, em média, 4,8 horas semanais a menos do que os homens.

Adriana explica, então, que a jornada no mercado de trabalho não reflete o tanto que a mulher trabalha ao longo do dia. “A menor jornada da mulher no mercado de trabalho está associada às horas dedicadas a outras atividades, como os afazeres domésticos e os cuidados com pessoas.”

Remuneração nas profissões

O estudo também mostra a diferença salarial entre os sexos de acordo com as profissões escolhidas. Em alguns casos, mulheres chegam a receber menos da metade do salário, como os engenheiros eletrônicos: salário de R$ 4.000,00 para mulheres e de R$ 12.218,80 para homens no mesmo cargo. No caso dos engenheiros de minas, metalúrgicos e afins, em média, mulheres recebem R$ 5.000,00, enquanto os homens têm um salário médio de R$ 11.922,40 na mesma profissão.

Nível de Instrução

As disparidades nos rendimentos também estão presentes nas ocupações com maior nível de instrução. No ano passado, o rendimento médio mais baixo era o da mulher do grupo sem instrução e fundamental incompleto: R$ 880,00. O mais elevado, por sua vez, era recebido por homens de nível superior completo: R$ 5.928,00.

Ocupações mais comuns

De acordo com o estudo, a participação das mulheres era maior entre os trabalhadores domésticos (95%), seguido por professores de ensino médio (84%) e de trabalhador de limpeza de interior de edifícios, escritórios, hotéis e outros estabelecimentos (74,9%).

Diferença aumenta no grupo entre 40 e 49 anos

O levantamento aponta que, quando separados por faixa etária, a desigualdade salarial é maior entre 40 e 49 anos. Em 2018, mulheres nesse grupo de idade receberam, em média, 25,1% a menos do que os homens na mesma faixa etária. A diferença menor, no entanto, foi no grupo entre 20 e 29 anos: 13,1%. A diferença entre a faixa etária de 30 a 39 anos foi de 18,4%.

Diferença entre mulheres brancas, pretas ou pardas

O IBGE mostrou ainda que as mulheres – brancas, pretas ou pardas – têm rendimento médio menor que o dos homens da mesma cor. No entanto, a diferença entre mulheres brancas e homens brancos era maior do que entre mulheres pretas ou pardas e homens da mesma cor.

Em 2018, o rendimento médio da mulher branca ocupada em relação ao homem branco ocupado era de 23,8% a menos. A proporção entre mulher e homem de cor preta ou parda, por sua vez, era de 19,9% a menos. Tal comportamento se reproduziu em todos os anos, desde 2012.

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