Cinco dias após a morte do músico Evaldo dos Santos Pereira, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o caso.
Evaldo foi morto no último domingo quando o carro que dirigia foi fuzilado por cerca de 80 tiros disparados por militares do Exército. Bolsonaro classificou a ocorrência como um “incidente” e disse que “o Exército não matou ninguém”.
— O Exército não matou ninguém, não. O Exército é do povo e não pode acusar o povo de ser assassino, não. Houve um incidente, uma morte. Lamentamos a morte do cidadão trabalhador, honesto, e está sendo apurada a responsabilidade. No Exército sempre existe um responsável, não existe essa de jogar para debaixo do tapete. Vai aparecer o responsável — afirmou o presidente durante um evento de inauguração do aeroporto de Macapá, nesta sexta-feira.
Bolsonaro disse que o caso está sendo investigado para ter “certeza do que aconteceu naquele momento” e que o ministro da Defesa irá se pronunciar sobre o assunto.
— Uma perícia já foi pedida para ter a certeza do que aconteceu naquele momento e o Exército, na pessoa de seu comandante, o ministro da Defesa, vai se pronunciar sobre esse assunto e se for o caso a gente se pronuncia também. Com os dados na mão, com os números na mão, nós vamos assumir a nossa responsabilidade e mostrar realmente o que aconteceu para a população brasileira — justificou o presidente Jair Bolsonaro.
Família iria para chá de bebê
Segundo a Polícia Civil, nove militares do Exército dispararam mais de 80 tiros contra o carro em que Evaldo estava com a mulher, o filho de 7 anos, além de uma afilhada do casal, de 13, e o sogro dele, Sérgio Gonçalves de Araújo, de 59 anos.
A família estava indo para um chá de bebê. Evaldo, que além de músico, trabalhava como segurança, morreu na hora. Baleado nos glúteos, Sérgio está internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.
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