Nesta sexta, Bruno passou por exame de corpo de delito, audiência de instrução e assinou documentos referentes à sua conduta em liberdade provisória e, no início da noite deixou a cadeia.
O atleta também teve o semiaberto convertido em semiaberto domiciliar: isto porquê a Apac não possui convênio com o Estado para poder receber presos, e o município também não conta com outras instituições designadas para tal. De acordo com a defesa, ele continuará em Varginha, e ainda não tem em mente qual atribuição profissional escolherá no prazo de 30 dias que possui.
‘Indignada’
A mãe de Samudio, Sônia Moura, reagiu com indignação à progressão de pena concedida ao goleiro. Hoje, ela mora no Mato Grosso com o neto, filho de Bruno com Eliza, de nove anos.
— Ele vai responder em liberdade e enquanto isso meu neto me pergunta onde está o corpo da mãe. Até quando vai durar essa angústia? Como podemos chamar isso de Justiça? — desabafou Sônia ao portal G1.
O assassinato aconteceu em 2010 num sítio do jogador em Minas Gerais, e o corpo nunca foi encontrado. Bruno foi preso no mesmo ano, quando ainda era atleta do Flamengo. Três anos depois, ele foi condenado e, hoje, soma uma pena de 20 anos e 9 meses — com 8 anos e 10 meses cumpridos.
Em 2017, chegou a conseguir um habeas corpus do então ministro do STF, Marco Aurélio Mello, e voltou a atuar como goleiro do Boa Esporte (MG), mas a decisão foi revertida pela Primeira Turma do Supremo. Cúmplice de Bruno, Luiz Henrique Ferreira Romão, conhecido como Macarrão, que teria atraído a vítima até o local e ocultado o corpo, obteve liberdade condicional em novembro do ano passado.