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O que fazer com o dinheiro que poderá ser sacado do FGTS?

O governo estuda a liberação de contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e, segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, a possibilidade de saque ficará para a próxima semana.

Entre vários pontos estariam sendo discutidas a criação de um mecanismo pelo qual o trabalhador poderia sacar os recursos periodicamente, a fixação de um teto de R$ 3 mil para a liberação dos recursos e a possibilidade de acabar com o saque automático total nas demissões sem justa causa. Seja qual for a opção, qual seria a melhor forma de aplicar o dinheiro retirado?

Segundo Lorenzoni, ainda há detalhes técnicos para serem ajustados na medida provisória a ser anunciada. A ideia seria estimular o consumo e reanimar a economia, mas, para os planejadores financeiros, essa não é a destinação correta dos recursos do fundo.

— O FGTS deveria ser uma poupança de longo prazo, e não um estímulo ao consumo. Para uma população que não tem educação financeira, fazê-la gastar e deixar sem uma reserva é complicado — afirmou Paula Sauer, economista e planejadora financeira.

O EXTRA ouviu diversos especialistas sobre o assunto, e todos acreditam que vale a pena sacar o máximo que for possível do fundo. No entanto, a finalidade dependerá do momento financeiro do trabalhor. Veja quais são as prioridades que devem ser dadas aos recursos e como tirar o melhor proveito de seu FGTS.

1° Eliminar dívidas

Quem está endividado deveria aproveitar a aportunidade para conseguir uma folga financeira. Isso porque os juros para o crédito pessoal são altíssimos, e nenhuma aplicação livre de risco terá uma rentabilidade maior. A estratégia deve ser escolher as dívidas mais caras, que podem ser quitadas primeiramente, como a do cartão de crédito e a do cheque especial. Se o dinheiro não for o suficiente para isso, vale negociar a troca dessa dívida cara por uma mais barata.

— Quitar tudo é o melhor dos mundos, mas nem sempre isso é possível. Mas com dinheiro na mão é possível negociar, abater a dívida, ou trocá-la por outra com juros mais baixos. Para isso, é preciso pesquisar no mercado onde estão as melhores condições — afirmou Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de Gestão de Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Se ao quitar as dívidas mais caras sobrar recursos, então a pessoa deve pagar as dívidas com os juros menores.

2° Poupar uma reserva de emergência

Quem não tem dívidas deve se preocupar em montar uma reserva de emergência para não precisar de crédito, caso ocorreram imprevistos financeiros, como um gasto médico, um conserto de carro ou uma perda de emprego. O FGTS deveria ser exatamente esse recurso que estaria disponível para o trabalhador que ficou desempregado.

O montante necessário para essa finalidade varia de acordo com o perfil do trabalhador: de seis a 12 meses de despesas. Quanto mais difícil é a área do profissonal para se recolocar no mercado, maior deve ser a poupança.

Entre as opções para investir esse dinheiro, qualquer uma renderia mais do que o FGTS parada na conta vinculada do trabalhador, que tem rendimento de apenas 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR), atualmente em zero. A caderneta de poupança, uma das piores opções de investimento, rende atualmente 4,55% ao ano, sendo isenta de Imposto de Renda (IR).

Mas há outras opções mais rentáveis do que a poupança e que também possuem liquidez diária, permitindo o saque a qualquer momento, e com a mesma garantia do Tesouro Nacional. São exemplos: Tesouro Selic, no Tesouro Direto; fundos DI; CDBs com liquidez diária; e LCI/LCA, que são isentos de Imposto de Renda (IR).

Veja simulações com a aplicação de R$ 3 mil em 15 anos

FGTS: R$ 4.673,90

Poupança: R$ 5.789,20

Tesouro Selic: R$ 6.697,43 *

* Já descontado o Imposto de Renda

3° Investir para a aposentadoria e o longo prazo

Quem já construiu sua reserva de emergência pode começar a investir para o longo prazo. Uma opção de fácil acesso são os títulos de Tesouro Direto, Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 e 2045, que hoje rendem 3,68% de juros ao ano mais a variação do IPCA (inflação). Outra opção são os fundos de previdência, que gerem uma cesta mais diversificada de ativos, mas é preciso olhar os que cobram as menores taxas de administração.

Como hoje os juros estão baixos e a expectativa é de valorização da bolsa, os analistas de investimentos recomendam colocar também uma parcela dos investimentos em renda variável, dependendo do perfil de investimento — conservadores colocam menos, cerca de 10%, e arrojados podem colocar mais, cerca de 40%. Para quem ainda tem poucos recursos para aplicar e não tem muito conhecimento sobre investimentos, o ideal é buscar fundos de investimentos, em que profissionais gerem os recursos para obter os melhores resultados, como: fundos multimercados, fundos de ações e fundos imobiliários.

— Com os juros mais baixos, quem quiser ter maiores retornos precisa investir uma parcela em renda variável, para o longo prazo. É possível investir em fundos a partir de R$ 100 — afirmou Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos.

Paraíba em Minuto com ExtraOnline

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