Em pronunciamento na noite desta quarta-feira (08), o presidente da República Jair Bolsonaro voltou a defender o uso do medicamento hidroxicloroquina no tratamento da doença covid-19, provocada pelo novo coronavírus.
Este é o quinto pronunciamento de Bolsonaro desde o começo de março, quando a epidemia se intensificou no Brasil.
O pronunciamento de hoje também foi o primeiro no qual Bolsonaro começou sua fala prestando solidariedade às famílias das vítimas da doença. Nesta quarta-feira, o Brasil atingiu a marca de 800 mortos pela doença.
Bolsonaro falou por quase cinco minutos em rede nacional de rádio e TV. Além da cloroquina, o presidente voltou a frisar sua preocupação com a economia — ele teme os efeitos prejudiciais do fechamento do comércio e do distanciamento social imposto em vários Estados brasileiros.
“Sempre afirmei que tínhamos dois problemas a resolver: o vírus e o desemprego. Que deveriam ser tratados simultaneamente. Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O governo federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração. Espero que, brevemente, saiamos juntos e mais fortes, para que possamos melhor desenvolver o nosso país”, disse Bolsonaro.
O presidente aproveitou o pronunciamento ainda para agradecer ao primeiro-ministro da Índia, o conservador Narendra Modi, pelo envio ao Brasil de matéria prima para a fabricação de comprimidos de hidroxicloroquina. O material chegará ao Brasil até sábado, disse.
“Agradeço ao primeiro ministro Narendra Modi e ao povo indiano por esta ajuda tão oportuna ao povo brasileiro”, disse.
Bolsonaro também destacou que o governo começará amanhã os pagamentos de R$ 600 do auxílio emergencial a trabalhadores informais e desempregados.
Bolsonaro cita médico Roberto Kalil para defender cloroquina
Ao falar sobre a cloroquina, Bolsonaro disse que o medicamento pode ser usado no tratamento da doença “desde sua fase inicial” Que estudos mundias, mesmo em testes inicias, já provaram que faz efeito positivo contra o vírus.
Bolsonaro também mencionou o caso do médico Roberto Kalil Filho, cardiologista de São Paulo que contraiu o novo coronavírus e usou a cloroquina em seu próprio tratamento, segundo Bolsonaro.
Médico de Lula e do Sírio-Libanês confessa que usou a hidroxicloroquina e recomenda o uso; veja o vídeo.
“Há pouco conversei com o doutor Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o juramento de hipócrates, ao assumir que não só usou a hidroxicloroquina bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos. Disse-me mais. Que mesmo não tendo finalizado o protocolo de testes, ministrou o medicamento, agora, para não se arrepender no futuro”, disse o presidente, dando parabéns ao médico.