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Madrasta é suspeita de tentar matar enteado de 16 anos com feijão envenenado no Rio

A irmã da vítima, de 22 anos, morreu 12 dias após ser internada com os mesmos sintomas

Adolescente (à esquerda) está internado após almoço em família; irmã morreu — Foto: Reprodução

Uma madrasta é suspeita de tentar matar por envenenamento o enteado, em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio. De acordo com investigações da 33ª DP (Realengo), um estudante de 16 anos deu entrada, na tarde de 15 de maio, no Hospital Municipal Albert Schweitzer, com tonteira, língua enrolada, babando e com coloração da pele branca após comer um prato de feijão feito e servido pela madrasta, que mantinha um relacionamento conjugal com seu pai.

A irmã do rapaz, a também estudante Fernanda Carvalho Cabral, de 22, já havia sentido sintomas semelhantes em outra refeição e morrido na mesma unidade de saúde, 12 dias após ser internada, em 15 de março. Inicialmente, o caso foi tido como causa natural, mas agora o suposto homicídio da jovem está sendo apurado em outro inquérito da delegacia.

Segundo os depoimentos prestados na distrital, durante o almoço (em que foram servidos ainda arroz, bife e batata frita), estavam presentes o casal e os dois estudantes, além de uma filha de outro casamento do pai dos jovens e dois filhos e uma neta da madrasta. Na ocasião, o rapaz reclamou que o feijão estava com gosto amargo e o colocou no canto do prato. A madrasta, então, levou o prato de volta para a cozinha e colocou mais comida.

Após a refeição, o estudante foi deixado na casa da mãe, Jane Carvalho Cabral, que minutos depois ligou para o ex-marido contando dos sintomas apresentados pelo filho. Levado ao Albert Schweitzer, o jovem foi submetido a uma lavagem gástrica e teve a intoxicação exógena diagnosticada pela equipe médica. Ele continua internado.

Mãe de adolescente que comeu feijão envenenado diz suspeitar da madrasta

À mãe, o estudante relatou ter passado mal justamente após ingerir “umas pedrinhas azuis que estavam no feijão” e contou que, ao servir seu prato, a madrasta teria apagado a luz da cozinha “como se estivesse escondendo algo”. Aos policiais, a madrasta disse que as tais “pedrinhas” eram um tempero de bacon que não havia dissolvido na comida. Na residência, agentes da 33ª DP localizaram um veneno de pulgas na cozinha.

A mãe do adolescente e de Fernanda passou a usar as redes sociais para denunciar o caso. Em um vídeo de quase meia hora, postado no Instagram nesta sexta-feira, Jane fala em lutar por justiça pelos filhos: “Hoje não tem lágrima nos olhos. Hoje tem sangue nos olhos. Por gana. Por justiça. Por vitória. Pela minha família”.

Ela narra que o fato de os dois jovens terem apresentados exatamente os mesmos sintomas “após uma refeição na casa da madrasta e do pai” gerou a desconfiança de que Fernanda, cuja morte até então era tratada como natural, também poderia ter sido envenenada. “Graças a Deus eu consegui salvar o meu filho. E ele veio para provar, para derrubar essa máscara. Pra fazer justiça por ele e pela irmã dele”, diz Jane na gravação. “Não se chama (pessoas assim) de ser humano. Isso se chama de monstro”, completa a mulher.

A mãe de Fernanda lembrou ainda que, ao ser internada em março, a jovem apresentava “um passar mal que ninguém descobria” a causa. “O médico fazia todos os exames e ninguém entendia”, recordou, antes de acrescentar: “No terceiro dia, eu perguntei: ‘Doutor, será que minha filha não foi envenada? Mãe sente. Vem do fundo, vem da alma”.

Intimada a depor, nesta tarde, a madrasta compareceu à delegacia acompanhada do advogado e se reservou ao direito constitucional de permanecer em silêncio.

Paraíba em Minuto com Hudson Almeida

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