Expulso no início deste mês pelo Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba (PMPB) O ex-cabo do 12º Batalhão da PM José Jorlânio Nunes de Lima está preso desde 2012 sob a acusação de cometer cinco assassinatos em 2011 na cidade de Patos. As vítimas eram garotas de programa e homossexuais.
No ato de desligamento de José Jorlanio publicado no Diário Oficial consta na setença condenatória que o crime teve como motivação a homofobia e com circunstâncias que demonstram ‘intolerância comportamental e aversão ao outro”
O mesmo foi condenado a 10 anos de prisão por pela tentativa de homicídio registrada em 2011, quando na ocasião feriu um homem com três tiros que sobreviveu e reconheceu o ex- policial como autor dos disparos.
Após dois anos de silêncio sem se manifestar sobre o assunto o ex-cabo resolveu dar entrevista ao programa Casos de polícia interior da TV Tambaú na qual fala sobre as acusações que constam contra ele.
O ex-policial militar diz que até o momento não tinha dado nenhuma declaração por orientação de seu advogado e se diz inocente de todas as acusações.
“Não matei nenhum deles. Eu tenho aqui as escalas de serviço para comprovar, boletim de ocorrência e documentação do fórum,” conta.
Ainda segundo Jorlânio a defesa deixou vencer os prazos de defesa que ele tinha e segundo ele foi aglomerando fatos e acusações sobre ele. Ele reclama também que não dispõe de recursos e que amigos e ex- colegas de trabalho contribuíram para ele conseguisse um advogado.
José Jorlânio acredita que ainda vai poder vestir a farda novamente e que vai ser inocentado de todas as acusações.
Eu acredito que vou vestir a farda novamente, porque a justiça vai ser feita, se não a do homem, mas a de Deus. E eu vou conseguir minha liberdade porque contra fatos não há argumentos. Aqui não há carta anônima, aqui eu tenho vídeos, fotos, gravações que eu vou mostrar a justiça,” afirma.
O acusado se encontra preso no 3º Batalhão da Polícia Militar em Patos.