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Equipe de reportagem visita cidades e mostra que Samuka nunca apareceu

Imagens da internet Samuka Duarte

Uma equipe de reportagem do Programa Caso de Polícia, da TV Tambaú, foi até os municípios de Sapé e Mari, onde alguns secretários revelaram que não há registros de que o apresentador Samuka Duarte tenha trabalhado no período em que recebeu salários. Além disso, há documentos que mostram alguns cargos acumulados por Samuel de Paiva Henrique.

O apresentador prestou depoimento afirmando que é servidor efetivo da cidade de Santa Rita há 33 anos e que também é servidor público estadual. A declaração foi feita na Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Santa Rita.

Em um trecho, Samuel de Paiva Henrique descreve que nunca trabalhou em outro município, pois não tem tempo e nem pode acumular cargos. Ele ainda alega que em nenhum momento exerceu cargo comissionado em outra cidade. Porém, o depoimento dado em 2013 contraria o que diz a Justiça.

Em Sapé

Samuka também foi processado pela Promotoria do Patrimônio Público de Sapé e o pedido foi atendido pela justiça. Na ação, o órgão pediu o ressarcimento de quase R$ 23 mil aos cofres públicos. O valor é referente aos 12 meses em que ele recebeu remuneração entre os anos de 2011 e 2012.

Segundo a promotoria, os contra cheques estão no nome do apresentador. Os documentos mostram que ele ganhava como chefe de seção, em Sapé. Os salários chegaram até mais de R$ 860 ao mês. A secretária de administração da prefeitura falou com a equipe do Programa Caso de Polícia sobre o fato. “Consta na Prefeitura de Sapé a documentação relativa ao cargo que ele ocupava de chefe de sessão de formalização da despesa, do período de 2011 a agosto de 2012.”

Outras cidades

Ele também é acusado de acumular cargos em outras cinco cidades, entre elas, Mari, onde não há provas de que o apresentador tenha realmente trabalhado. “Posso afirmar que nunca o vi por aqui”, revela o chefe do setor, que trabalha lá há mais de 10 anos.

As acusações feitas pelo Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB) são confirmadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Em agosto de 2011, em Bayeux, Santa Rita e Marcação, a folha da cidade mostra que ele estava lotado na Secretaria de Educação e Cultura. Em Sapé, na Secretaria de Finanças. Já em Mari, Samuel de Paiva Henrique recebia pelo gabinete do prefeito.

No mês passado, a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens do apresentador. Já o Ministério Público pediu o ressarcimento de quase R$ 340 mil aos cofres públicos.

 

Autor: Redação Portal Tambaú 247

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