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‘Me estressei e agredi’, diz padrasto suspeito espancar e matar bebê

 

 

 

 

 

 

 

 

“Ele começou a chorar, eu me estressei e agredi”. Foi com esta explicação que o padrasto suspeito de agredir e matar um bebê de dois meses assumiu, em entrevista à TV Cabo Branco, que espancou o enteado, causando sua morte por traumatismo craniano em Santa Rita, na Grande João Pessoa. Adalgiso Ferreira, de 22 anos, confessou que não teve paciência com o choro e agrediu o bebê com um soco na cabeça e duas tapas na cara.

O crime foi registrado na noite de sábado (21), no Conjunto Eitel Santiago. A criança, que faria dois meses no domingo (22), teve traumatismo craniano e morreu no hospital. O bebê chegou a ser levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Santa Rita e depois encaminhado para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas não resistiu aos ferimentos causados pela agressão e morreu.

O delegado responsável por registrar a ocorrência explicou que a mãe estava com a criança em um culto evangélico, quando decidiu voltar para casa para deixar o filho porque ele dormiu. “Ela informou que deixou o menino dormindo com o suspeito na mesma cama. Só que o bebê começou a chorar e, segundo o suspeito, ele ficou estressado e começou a agredir a criança, especificamente na cabeça”, comentou. O delegado acrescentou que o suspeito não agiu sob efeito de drogas.

O culto evangélico acontecia próximo da casa onde a mãe morava com a criança e o padrasto. Ainda de acordo com a polícia, a mãe ouviu o choro do bebê e retornou para casa. Ao perceber a situação, a mãe pediu ajuda aos vizinhos. Por volta das 21h (horário local), o bebê deu entrada na UPA com parada cardiorrespiratória. Ele foi reanimado, entubado e encaminhado para o Hospital de Trauma de João Pessoa, mas morreu na madrugada do domingo (22).

As primeiras informações divulgadas pelo hospital confirmaram que a criança teve traumatismo craniano e a clavícula quebrada. Os avós do bebê e uma tia foram até a Central de Polícia, no Ernesto Geisel, em João Pessoa, para registrar o crime.

A mãe da criança, de 36 anos, tem outros três filhos e morava há cerca de sete meses com o suspeito de matar o bebê. A família não concordava com o relacionamento. “Mãe, pai, irmã, ninguém quer saber dela. Era provável que ia acontecer uma tragédia dessas. A filha dela, de 14 anos, precisou sair de casa por causa dessa pessoa que vive com ela”, comentou Maria José Vieira, avó do menino.

Tia pediu para criar bebê
Luziana Vieira, tia do bebê assassinado, relatou que chegou a se oferecer para criar o menino. “Na quinta-feira (19), quando ela chegou na casa de mainha, falei para ela: ‘me dê esse menino’, aí ela disse: ‘não, o pai dele vai dar as coisas a ele’. Eu perguntei qual era o motivo para ele não dar agora. Esse rapaz que bateu no menino registrou como filho, mas o pai verdadeiro disse que ia dar as coisas”, explicou a tia da criança.

Segundo informações da Polícia Civil, até o início da manhã desta segunda-feira (23), Adalgiso Ferreira seguia preso na carceragem da Central de Polícia. De acordo com a Delegacia de Homicídios, o suspeito deve passar por uma audiência de custódia antes de ser encaminhado para um presídio, no final da manhã desta segunda.

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