Neste caso amigos, não temos uma vítima e um acusado. Um agressor e um agredido. Um mocinho e um bandido. Neste caso, tanto paciente, quanto médico, são vítimas do caos instalado no Hospital que foi construído e operou por muito tempo como alternativa para o Traumão da BR, que figurava nas páginas policiais.
No caso em tela, é impossível condenar um ou outro, se mergulharmos por um minuto na realidade no Hospital. Como condenar um médico que trabalha sem recursos mínimos? Que é obrigado a substituir medicamentos por que os adequados estão em falta? Que não pode operar por que não tem material?… Além de toda carga de stress que a profissão já traz em si, trabalhar nestas condições pode levar o profissional a um mal atendimento, que inevitavelmente, leva a uma reação do paciente.
E como condenar um paciente, que está há dias debilitado, mal acomodado, maltratado, sem perspectiva de sair daquele quadro? Como condenar um cidadão que paga seus impostos, e é atendido de forma tão precária quando mais precisa?
A única que pode ser responsabilizada, sem que possamos ser injustos, é a causadora do caos. A Prefeitura Municipal de João Pessoa tem a obrigação de encontrar uma solução para o Trauminha que durante anos vem sendo manchetes com casos como este.
O Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina também tem a obrigação de acompanhar de perto o Trauminha, quem sabe com uma comissão permanente lá dentro, até que se instale a normalidade.
Fonte: http://marcosweric.com.br
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