Carregado de expectativa, o Circuito de Rua de Baku, no Azerbaijão, fez sua estreia sem maiores sustos na Fórmula 1, nesta sexta-feira, representando o GP da Europa, oitava etapa da temporada 2016. Apesar do receio de batidas em função de o traçado ter diversas partes muito apertadas – com menos de 8 metros de largura – apenas Daniel Ricciardo e Carlos Sainz Jr. inauguraram as barreiras, mas em incidentes sem gravidade para os pilotos. Na hora em que a disputa foi contra o cronômetro, Lewis Hamilton voou baixo para ser o mais rápido no primeiro treino livre, com 1m46s435. Seu companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, anotou o segundo melhor tempo (1m46s812), com Valtteri Bottas em terceiro (1m47s096). Felipe Massa ficou em oitavo, com 1m49s125, enquanto Felipe Nasr anotou 1m51s771 e ficou com o 21º lugar.
A manhã foi proveitosa para a maior parte das equipes, que puderam colher dados sobre o circuito. O único time que não teve um bom começo de GP da Europa foi a RBR, que teve de recolher o carro de Verstappen, com um vazamento de óleo, e terá de consertar o RB12 de Ricciardo após ao incidente.
A segunda sessão de treinos livres do GP da Europa, no Circuito de Baku, Azerbaijão, começa às 10h, ao vivo no SporTV2 e em tempo real no GloboEsporte.com.
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
O circuito Azeri impressiona pelo contraste entre a arquitetura antiga com a contemporânea, além do misto entre longas e largas retas com curvas fechadas e estreitas. Em um trecho do circuito, os carros chegam a circular em “mão dupla”, algo que só existe neste circuito na F1. Fica a dúvida de como será a remoção de um carro caso um acidente no trecho do castelo, com largura de 7,6 m. O que chamou a atenção foi o tempo que o guindaste levou para remover o carro do acidentado de Daniel Ricciardo na curva 15: quase 10 minutos (veja mais sobre o incidente abaixo).
Apesar das vinte curvas do Circuito de Rua de Baku, o traçado tem retas generosas. E em um cenário como esse, os carros com maior velocidade final levam vantagem. Assim, não é nenhuma surpresa que a Mercedes, com carro mais acertado, apareça no topo. Nem que a Williams, uma das equipes com maior velocidade de reta – a maior em Baku, com 351km/h, apareça como segunda força. A surpresa do dia ficou por conta da McLaren, que assegurou o quarto, com Fernando Alonso, e o sétimo lugar, com Jenson Button. Além dos tempos razoáveis dos companheiros, o motor Honda se mostrou muito veloz, terminando a sessão com a segunda maior velocidade final (348km/h), atrás apenas da Williams de Bottas. Com a Ferrari, Sebastian Vettel foi o quinto mais rápido, mas Kimi Raikkonen ficou apenas em 12º.
EXPECTATIVA DE ACIDENTES
Em um circuito novo, com asfalto sem borracha e com trechos apertados, a expectativa era de quem bateria primeiro. Esteban Gutiérrez quase inaugurou os muros no início da sessão. Ao errar a freada em uma das curvas travadas, o mexicano precisou usar uma das poucas áreas de escape para não bater. E ainda teve de manobrar e dar ré para sair do trecho. Um pouco, a STR de Kvyat foi pelo mesmo caminho, mas bastou um meio zerinho para o russo sair do apertado local. Em seguida, foi a vez de Sebastian Vettel rodar em outro ponto do circuito, mas também sem carimbar os muros.
Por ironia do destino, Ricciardo, que ontem gravou um vídeo (confira abaixo) no simulador falando que alguém iria acabar batendo no trecho do castelo, acabou sendo o primeiro a inaugurar as barreiras de Baku. Apesar de ter destruído a suspensão e a roda traseira esquerda do seu RB12, o piloto nada sofreu. Em seguida, Sainz chegou a bater no mesmo lugar, mas sem maiores danos para o carro.