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Segundo pesquisa, 35% das mulheres já foram ‘encoxadas’ em ônibus

Passageiros aguardam ônibus em ponto no Rio de Janeiro

Passageiros aguardam ônibus em ponto no Rio de Janeiro Foto: Márcio Alves

Uma pesquisa realizada com 1.081 mulheres revela que 35% já foram “encoxadas” dentro do transporte público e 33% receberam cantadas indesejadas.

Os números fazem parte de um levantamento realizado pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva, em parceria com o aplicativo Uber.

A pesquisa mostra que 97% das mulheres já foram vítimas de algum tipo de assédio, incluindo olhadas insistentes e contato físico indesejado, em meios de transporte no geral, incluindo aplicativos e táxis.

Publicada nesta terça-feira, a pesquisa ainda aponta que 41% das mulheres receberam olhares insistentes de homens em ônibus e metrôs, enquanto 11% sofreu o mesmo tipo de assédio em táxis e 10%, em transportes por aplicativos.

Para Jacira Melo, diretora executiva do Instituto Patrícia Galvão, os números representam uma “banalização inaceitável da violência contra a mulher”.

— É uma coisa absurda. O assédio sexual nos transportes é conhecido por todos, mas tratado como se fosse algo de menor importância. E os números revelam que as situações são cotidianas —, destaca.

Os dados também mostram que 22% das mulheres entrevistadas reclamaram que homens passaram a mão em seus corpos nos transportes públicos. O mesmo ocorreu com 3% das mulheres em táxis e 2% em aplicativos de transporte.

Segundo Jacira, os retratos da violência contra mulheres nos transportes por aplicativos e táxis são menores, porém não menos importantes.

— Fora do transporte público, a mulher está em uma circunstância muito mais complexa e delicada porque o condutor tem total controle sobre o carro e sobre o percurso. É necessário que as empresas façam investimentos para garantir a segurança dessas mulheres para que elas possam pedir socorro pelo aplicativo quando necessário.

Sobre segurança, os dados mostram que três em cada quatro mulheres (75%) se sentem mais seguras usando transporte por aplicativo, número maior do que as que se sentem seguras usando táxis (68%). Em relação ao transporte público, apenas 26% se sente segura.

Para as mulheres que trabalham e estudam, o tempo gasto no deslocamento é um fator decisivo: para 72% das entrevistadas, o tempo para chegar ao trabalho influencia na decisão de aceitar um emprego ou de permanecer nele. E, ainda, para 46% não há confiança em usar meios de transporte sem sofrer assédio sexual.

— O estudo aponta que hoje as mulheres não se sentem seguras para se locomover pelas cidades. Elas são assediadas, seja nas ruas ou nos meios de transporte, quando saem para trabalhar, levar as crianças para a escola, se divertir. Precisamos de políticas de combate à violência que incluam o olhar para esses deslocamentos —, afirma Maíra Saruê Machado, diretora de pesquisa do Instituto Locomotiva.

Paraíba em Minuto com ExtraOnline

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