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Brasil está próximo de 50% de Vacinados e ultrapassa marca de 100 milhões de vacina aplicadas contra a Covid-19

Profissional de saúde prepara aplicação da vacina da Janssen no Museu da República, no Rio Foto: Adriano Ishibashi/ FramePhoto/Agência O Globo

Desde que a enfermeira Mônica Aparecida Calazans recebeu a primeira vacina contra a Covid-19 aplicada no Brasil, em 17 de janeiro, mais de 100 milhões de doses já foram aplicadas em brasileiros — 101.120.461, em números exatos. A marca foi atingida nesta quinta-feira, segundo o boletim do consórcio dos veículos de imprensa.

Estamos chegando à 50% de Vacinados.

De acordo com informações disponibilizadas pelas secretarias estaduais, a primeira dose do imunizante já foi aplicada em 74.539.876 pessoas, o equivalente a 35,2% da população, e 26.580.585 receberam a segunda dose ou dose única, o que representa uma cobertura vacinal completa de 12,55%.

O boletim também indicou 63.035 novos casos e 1.943 novas mortes por Covid-19 nesta sexta-feira. Agora, segundo o levantamento, o país conta com 18.622.199 infecções e 520.189 óbitos provocados pela pandemia.

Os dados são do boletim do consórcio de imprensa, uma iniciativa formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo. Os veículos reúnem informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h.

A média móvel de casos, também observada no boletim, é de 54.115, índice 24% inferior ao visto 14 dias atrás.

Já a média móvel de óbitos atingiu esta segunda-feira 1.558 diagnósticos, também 24% inferior do que o registrado 14 dias atrás. Este é o menor índice notificado desde 8 de março, quando o cálculo foi de 1.540.

A “média móvel de 7 dias” se refere ao número de casos e óbitos registrados no dia e nos seis anteriores. O índice é comparado à média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda dos infecções ou das mortes. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação se reduz por escassez de funcionários em plantão.

Ritmo de vacinação é ‘bom, mas não maravilhoso’

Pedro Hallal, epidemiologista e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), avalia que o Brasil chegou às 100 milhões de vacinas com “100 dias de atraso”.

— O Brasil deveria vacinar 1,5 milhão de pessoas por dia desde o início da campanha de imunização. Com isso, chegaríamos a 100 milhões de doses aplicadas em 66 dias — calcula. — Agora, seguimos um ritmo que é bom, mas não maravilhoso. Talvez seja possível que, no final do ano, possamos nos reagrupar com segurança nas festas de Natal e réveillon.

Um estudo realizado em junho pela UFPel e pela Universidade Harvard indicou que a imunização evitou a morte de 43.082 pessoas por Covid-19 em 2021. Para chegar ao número, os pesquisadores consideraram a queda proporcional da mortalidade pela pandemia em idosos com mais de 70 anos durante a campanha de vacinação.

— Estamos comprovando dia a dia que a vacinação é a única forma de atingir a imunidade coletiva da população contra a Covid-19. Contrariamos a teoria esdrúxula do governo, que pensava em atingir o mesmo objetivo conforme as pessoas eram infectadas — assinala Hallal.

Para Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), já era esperado atingir a marca de 100 milhões de pessoas imunizadas no inicio de julho. O avanço da campanha de imunização no primeiro semestre, segundo ele, foi lento, e não atendeu a demanda que surgiu a partir da segunda onda da pandemia, entre os meses de março e abril.

— Ultrapassamos a pior fase da pandemia sem vacinas. Não antecipamos a compra de imunizantes, não programamos a campanha. Quando o Ministério da Saúde finalmente se movimentou, conseguiu a maioria das doses apenas para o segundo semestre — lamenta. — Não podemos continuar acumulando mortes.

Kfouri acredita que o país terá à disposição ao menos a primeira dose de vacina contra a Covid-19 para todos os brasileiros acima de 18 anos até o final do ano.

— A imunização em massa mudará o perfil da doença: teremos muito menos hospitalizações e mortes — estima. — No entanto, ainda não sabemos a duração das vacinas, como ela pode ser afetada pelas variantes, que ajustes precisarão ser feitos, que público deverá tomar doses de reforço. Estamos diante de muitas incertezas.

Paraíba em Minuto com Hudson Almeida

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