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Cientistas descobrem que injeção de sangue novo pode retardar envelhecimento

 


(Foto: Reprodução)

Três estudos diferentes, tocados por universidades consagradas, chegaram à conclusão de que injetar sangue novo em ratos velhos ajuda a retardar o processo de envelhecimento. E talvez a descoberta possa ajudar os humanos.

Dois trabalhos foram realizados independentemente e com abordagens diferentes em Cambrigde e na Califórnia. Quando cientistas costuraram os sistemas circulatórios dos ratos de idades diferentes – um processo conhecido como parabiose -, perceberam benefícios sobre as células da medula espinhal, músculos, cérebro e fígado dos mais velhos. Mas ainda é preciso saber por que isso aconteceu e quais substâncias do sangue foram responsáveis pelas melhoras.

Na Universidade de Harvard, ao aplicar proteína de sangue novo em ratos mais velhos, pesquisadores descobriram que os animais passaram a correr mais rapidamente na esteira e tinham mais ramificações de vasos sanguíneos que os ratos não tratados.

Já um grupo da Universidade da Califórnia identificou um interruptor molecular em um centro de memória cerebral que parece ser ativado por laços sanguíneos de ratos mais novos. Amy Wagers, que dá aulas sobre células-tronco e biologia regenerativa em Harvard e esteve envolvida com os dois estudos, disse ao Boston Globe que os tecidos tratados na Califórnia realmente são afetados pelo avanço da idade, estando ligados à perda de cognição e de função independente.

Ambos os trabalhos são uma extensão de algo feito pelo doutor Richard T. Lee, também de Harvard, que no ano passado revelou como uma proteína chamada GDF11 poderia ser aplicada ao coração de ratos velhos para retardar o envelhecimento; a diferença é que os estudos recentes levam o método ao cérebro e músculos.

O terceiro estudo foi realizado pelas universidades da Califórnia e de Stanford e usa a parabiose para procurar mudanças na atividade dos genes no cérebro que ajudassem a entender como o sangue mais novo opera. Ao invés de usar uma proteína específica, eles fizeram várias transfusões e perceberam melhoras em tarefas de memória relacionadas à idade.

No estudo de Harvard ainda é preciso entender como trabalhar com a proteína, substância também encontrada em humanos, mas a professora Amy Wagers tenta viabilizar o método comercialmente. Em todos os casos, porém, ainda falta um bom caminho a ser percorrido até que isso chegue às pessoas.

Redação Olhar Digital

Hudson Almeida

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