O governador Ricardo Coutinho se reuniu com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, na manhã desta quinta-feira (3), em Brasília. Durante o encontro, o gestor paraibano entregou três projetos relativos a obras que precisam de autorização do Governo Federal para financiamento. O montante é de R$ 1,2 bilhão para investimento nas áreas de recursos hídricos, saneamento e mobilidade urbana.
“Nós estamos trazendo a nossa proposta, colocando três linhas de financiamento. Sei que temos da parte do ministro Nelson Barbosa e da própria presidente a sensibilidade necessária para o momento que estamos atravessando”, ressaltou o governador.
“Para isso precisamos de financiamento. Nós não queremos um centavo de orçamento da União. Nós queremos, dentro da capacidade da Paraíba, termos os financiamentos e, a partir desses financiamentos, estimularmos a economia nas mais variadas áreas”, comentou. “Áreas importantes como recursos hídricos, obras de mobilidade urbana. Enfim, coisas que são fundamentais no nosso dia a dia e que geram emprego”, completou.
João Azevedo também detalhou os três projetos entregues em Brasília. “Basicamente, o empréstimo do Banco do Brasil, no valor de R$ 500 milhões, um empréstimo da CAF (Corporação Andina de Fomento), um valor de pouco mais de R$ 600 milhões, e o terceiro empréstimo para o esgotamento de Patos, no valor de R$ 167 milhões”, enumerou. “Essas foram as prioridades entregues pelo governador agora ao ministro”, acrescentou.
A previsão, segundo João Azevedo, é que até a próxima semana as informações levadas à Brasília pelo governador Ricardo Coutinho sejam encaminhadas à Presidência da República. “A Presidência da República é que irá bater o martelo em cima do teto que o Governo tem disponível para atender”, comentou o secretário.
PAC para obras do São Francisco – Em conversa com a imprensa logo após a audiência no Ministério do Planejamento, Ricardo Coutinho lamentou o fato do PSDB – embora critique a falta d’água e a morosidade nas obras da transposição do Rio São Francisco – ter negado crédito especial de R$ 3 bilhões para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “É uma contradição muito grande”, comentou.
Ele disse acreditar, no entanto, que o bom senso prevaleça. “Eu tenho certeza que o bom senso há de prevalecer e que possamos ter para o próximo ano, para 2016, esse crédito adicional que nos permita recuperar o ritmo normal de uma obra como a do São Francisco, como de algumas obras complementares dentro do Estado da Paraíba, já que hoje, graças a Deus, a Paraíba tem uma das maiores produções e construções de adutoras”, afirmou.