O porteiro do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde mora o presidente Jair Bolsonaro, mudou sua versão em novo depoimento dado à Polícia Federal. Agora, ele afirmou ter lançado errado o registro de entrada de Élcio Queiroz.
Anteriormente, o porteiro havia afirmado à Polícia Civil, também em depoimento, que o acusado de participar do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, Élcio Queiroz entrou no condomínio com autorização do ‘Seu Jair’ para a casa 58, onde Bolsonaro morava na época e não para a casa 66, onde mora Ronnie Lessa acusado por ser quem efetuou os disparos.
O funcionário disse que havia se sentido ‘pressionado’ por ter errado o número da casa no registro da portaria. Ele explicou que se sentiu ‘pressionado’ por ele mesmo e não por terceiros.
Cabe as autoridades investigar se houve ou não pressão externa. Ainda não há definições das investigações sobre esta possibilidade.
O funcionário foi ouvido no inquérito aberto para apurar o seu próprio testemunho no caso Marielle, em investigação solicitada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, a fim de obter informações sobre a ‘tentativa de envolvimento indevido’ do nome de Bolsonaro no assassinato da vereadora.
O inquérito corre em sigilo e o Ministério Público Federal afirma que só se manifestará na conclusão do caso.
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