Heróico, histórico e inacreditável. Daquelas histórias que apenas o futebol pode proporcionar.
Atrás no placar até os 43 minutos do segundo tempo, o Flamengo soube ser valente para conseguir uma virada improvável em Lima, no Peru.
Com dois gols de Gabigol nos minutos finais, o Rubro-Negro venceu o River Plate por 2 a 1 e conquistou o seu segundo título de Libertadores, ontem.
Mas passou longe de ser fácil. O sonho do bicampeonato ganhou contornos dramáticos quando o Flamengo entrou em campo pouco lembrando a equipe que lidera o Brasileirão. Era final de Libertadores, mas a tensão só atingiu um dos lados.
O nervosismo fez a equipe se tornar vítima daquilo que faz com maestria no Brasil: intensidade, marcação alta e coletivo favorecendo os talentos individuais.
O próprio gol marcado por Borré mostrou a coletânea de erros cometidos na primeira etapa. A falta de cobertura para impedir o cruzamento de Nacho Fernandéz, a falha de comunicação entre Arão e Gerson para afastar a bola e um atacante posicionado na risca da pequena área para concluir. O Flamengo finalizou apenas uma vez contra o gol de Armani, a menor marca desta equipe nos 33 jogos sob o comando de Jorge Jesus.