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Detentos voltam aos pavilhões de presídio do RN após entrada da PM

Governo estadual confirma novas mortes em confronto entre presos nesta quinta-feira

Penitenciária de Alcaçuz é tomada por fumaça após presos colocarem fogo dentro de pavilhão – Josemar Goncalves / Reuters / 19-1-2017 

NATAL — A entrada de agentes do Batalhão de Operações Policias Especiais e policiais militares na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, forçou os presos a retornarem aos pavilhões da unidade na noite desta quinta-feira. Após uma negociação com os detentos, uma ambulância buscou feridos da guerra entre as facções criminosas para receber atendimento médico. O governo do Rio Grande do Norte confirmou novas mortes nesta quinta-feira. O número de presos mortos ainda não foi divulgado.

Não há a confirmação sobre como será a atuação das forças de segurança durante a noite. A Polícia Militar informou que permanecerá na guarda externa da unidade durante toda a noite.

 

GOVERNO ESTADUAL PRETENDE CONSTRUIR MURO

A ação dos policiais começou pouco depois das 17h (18h de Brasília). O plano das autoridades estaduais é erguer um muro para separar os presos da fação paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) dos detentos que integram o Sindicato do RN, para acabar com a violência entre os dois grupos de bandidos. O plano é construir esse muro entre os pavilhões 3 e 4. Desta forma, nos pavilhões 1,2 e 3 ficariam os presidiários do Sindicato do RN, enquanto os detentos do PCC ficariam nos pavilhões 4 e 5. Antes da entrada dos policiais, detentos colocaram fogo dentro do pavilhão 3.

Diante da violência e da tensão que tomou as ruas da capital potiguar nos últimos dias, o presidente Michel Temer autorizou, nesta quinta-feira, o envio de soldados das Forças Armadas para auxiliar na segurança da cidade, atendendo a um pedido do governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD). De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, os soldados devem chegar às ruas de Natal ainda neste fim de semana.

Ao ser questionado sobre o agravamento da crise penitenciária no país nesta quinta-feira, o presidente Michel Temer disse ter liberado recursos para investimentos no setor, mas afirmou considerar este um problema com solução a médio ou longo prazo. Para ele, o combate dependerá da conjunção de esforços dos governos estaduais, federal e Judiciário.

Ao longo de toda a quinta-feira, as duas facções rivais voltaram a se confrontar em Alcaçuz. Presos do Sindicato tentaram invadir o pavilhão 5, onde estão membros do PCC. Carregando e arremessando armas como pedras e barras de ferro, ultrapassaram uma espécie de “barricada” montada pelos detentos do PCC, que reagiriam, dando início a um confronto generalizado. . Segundo a assessoria da PM, houve disparos de armas de fogo durante o confronto.

Em meio à violência na área externa do complexo, o helicóptero Potiguar 1, do governo estadual, sobrevoou o local e atirou bombas de efeito moral, na tentativa de dispersar os presidiários, mas não foi suficiente.

Os detentos armaram barricadas e andam armados com paus, pedras e barras de ferro – ANDRESSA ANHOLETE / AFP

Em entrevista a Globonews, o governador Robinson Faria negou que o governo tenha negociado com criminosos para normalizar a situação no presídio:

— O estado tomou atitudes que desencadearam essa reação (dos ataques) — disse o governador, afirmando que, se tivesse negociado com as facções, não teria havido as depredações a ônibus e outros locais. — Não houve negociação e nem vai ter porque o governador não autoriza com quem quer que seja. Se alguem negociou, vai ser exonerado.

Segundo informações obtidas pelo GLOBO, no entanto, uma delegada da Polícia Civil e um oficial da Polícia Militar foram designados para conversar com criminosos. Os policiais negociadores receberam a missão de descobrir as exigências dos presos e identificar quais delas poderiam ser atendidas. Ao GLOBO, a assessoria de imprensa do governo declarou na quarta-feira que o estado designou duas pessoas como representantes, mas não para negociar e, sim, para “conversar e manter um contato” com os detentos porque, segundo a assessoria, é preciso existir comunicação. “É o que a polícia chama de verbalização”.

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