A Câmara Municipal de Bayeux decidiu, no início da noite desta quarta-feira (02), manter amanhã a sessão que vai julgar o relatório que pede a cassação do prefeito de Bayeux, Berg Lima (Podemos). Mais cedo, a Mesa Diretora da Casa chegou a cogitar o adiamento da votação.
À reportagem do Polêmica Paraíba, o presidente da Câmara, Jeferson Kita (PSB), afirmou que a decisão de manter a sessão amanhã aconteceu por causa da pressão sobre a Câmara Municipal. “Bayeux precisa de uma estabilidade, se vai cassar ou se não vai cassar, então a Câmara precisa tomar uma decisão e o que a Mesa Diretora decidiu foi isso”, informou.
O adiamento da votação chegou a ser cogitado porque, de acordo com Jeferson Kita, não havia certeza se a recém-empossada Mesa Diretora, que tomou posse ontem, teria tempo para analisar o processo juntamente com a nova assessoria jurídica da Câmara.
Mais cedo, a defesa do prefeito Berg Lima informou que “encontra=se pronta para demonstrar através de documentos contundentes a inocência de Berg Lima”. A Câmara Municipal de Bayeux é composta por 17 vereadores. Para que o prefeito seja cassado, são necessários 12 votos favoráveis ao parecer aprovado pela Comissão Processante.
Nesse processo legislativo, o prefeito Berg Lima é acusado de ter cometido irregularidades em contratos de locação de veículos com a Prefeitura Municipal de Bayeux. No final do mês, a comissão processante aprovou um relatório que pede a cassação do gestor. A defesa de Berg Lima nega qualquer irregularidade.
Entenda
Em 18 de dezembro de 2018, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) decidiu reconduzir ao cargo, o prefeito eleito em 2016, Berg Lima, após um ano e meio afastado da prefeitura. Ele é suspeito de ter extorquido um fornecedor do município em troca de pagamentos em atraso, em 05 de julho de 2017, quando foi detido em flagrante.
Com o afastamento de Berg Lima, a cidade foi governada pelo ex-vice prefeito, Luiz Antônio (PSDB), e depois pelo presidente da Câmara da cidade, Mauri Batista, mais conhecido como Noquinha (PSL). Desde então, a administração municipal sofreu com inúmeros problemas, como ineficiência na coleta de lixo, falta de pagamentos a servidores e fornecedores, além de suspeitas de irregularidades em contratos da prefeitura.
Com a última decisão do TJPB, o prefeito segue no cargo e respondendo ao processo sem precisar cumprir nenhuma medida cautelar que o afaste do comando da cidade.
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