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A situação de muitos servidores públicos de Santa Rita é de chorar. Literalmente. Com salários atrasados desde fevereiro, março, abril funcionários se atolam em dívidas. Alguns já vivem de doações de amigos e da própria população que, com apoio de entidades sindicais, iniciou uma campanha de arrecadação de alimentos para abastecer os que estão em situação mais crítica.
Alguém pode achar que estamos falando apenas de atraso e dívidas com salários de comissionados e prestadores de serviço. É também com eles, mas os débitos se estendem aos funcionários efetivos.
A prefeitura vem sendo pressionada pelo Ministério Público que, em abril, obrigou seus representantes a demitir todos os cargos comissionados, com exceção dos de chefia. A ideia é que sobrasse dinheiro para pagar os concursados. Mas nem assim deu jeito.
Funcionários já entraram na Justiça para receber os salários. Vão esperar o tempo do judiciário. Comissionados, exonerados no fim de abril, também relatam que não conseguem falar com secretários das pastas, muitos menos com o prefeito Netinho (PR) para cobrar o pagamento pelo trabalho realizado.
Ligam, mandam mensagem pelas redes sociais, vão, pessoalmente, às secretarias e prefeitura. Não há resposta, nem explicações, nem prazos. Na linha: “devo, não nego, não sei quando e nem como pagar. Se virem aí, por enquanto”.
Parece-me que é hora do MP ser mais rigoroso. São pessoas que trabalharam e não receberam (nem têm nenhuma previsão) e outras que continuam trabalhando e também não estão recebendo.
A oposição, claro, usa a situação para tirar proveito no ano eleitoral.
Sem data
Para acalmar os nervos dos credores, auxiliares começaram a ligar para os servidores e ex-servidores para avisar que o pagamento vai sair. A prioridade será dos efetivos. Mas ninguém falou sobre datas.
Por Laerte Serqueira
