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Brasileiro já pode escolher ‘herdeiro’ para seu Facebook em caso de morte

Desde a semana passada, usuários brasileiros da rede social não precisam mais ter o mesmo dilema ético. A função Contato Herdeiro (“legacy contact”, em inglês), lançada nos EUA em fevereiro, foi disponibilizada para internautas daqui.

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(Reprodução)

 

 

A ferramenta permite ao usuário designar um familiar ou amigo para cuidar de sua conta após morte, uma vez que o encarregado comunicar à rede social o falecimento, ele poderá administrar o perfil e transformá-­lo em memorial. É possível escrever posts, responder a pedidos de amizade e atualizar as fotos.

Quando o herdeiro entrar na conta, não aparece para os amigos que o dono do perfil está on­line. O novo administrador também não poderá ler as conversas armazenadas.

O Facebook já permitia que familiares comunicassem a morte de usuários e pedissem a transformação da página em memorial, após comprovação de óbito. Agora trata­se de algo oficializado. “Deixamos o usuário se planejar e fazer uma escolha [sobre o administrador]”, diz a gerente de produto do Facebook, Vanessa Callison­-Burch.

Para o professor de ciência da informação da Universidade de Colorado Boulder (EUA), Jed Brubaker, que pesquisa as relações entre morte e o mundo virtual, ter um lugar on-line para lembrar os mortos é importante para algumas pessoas. “Enquanto familiares e amigos próximos fazem suas próprias cerimônias off­line, amigos casuais não participam dos rituais. Para essas pessoas em particular, ter um memorial on­line é um beneficio único”, diz.

Quando o seu pai morreu, no ano passado, Mario Henrique Viana, 46, decidiu manter ativa a conta dele no Facebook. “Sabendo que estava com um grave câncer, ele deixou a senha com um funcionário de sua empresa”, conta.

Viana entrava no perfil do pai e postava mensagens, mas, depois, ficou receoso de estar invadindo a privacidade. “Não parecia certo ficar olhando as conversas antigas. E as pessoas podiam ver que ele estava on­line e confundir a situação.”

 

Último desejo
James Norris, presidente­-executivo da Dead Social, defende que as pessoas deixem claros seus desejos sobre o que fazer com os dados virtuais. “Nosso conselho é que a pessoa cuide de seu próprio legado digital”, diz.

A empresa dele possui a ferramenta Goodbye, que permite deixar um responsável pela divulgação de informações no Twitter e no Facebook. O usuário pode programar mensagens a ser enviadas depois que ele morrer.

Essa última função também é oferecida pelo aplicativo HapBoo, criado pelo brasileiro Ivo Machado. Ele concebeu a ferramenta em 2012, quando foi acometido subitamente por vários sintomas (como desmaios), que depois acabaram controlados.

Com o receio da morte, seus pensamentos foram para a família, principalmente para a filha, então com dois anos. “Eu desenvolvi o aplicativo pensando em mandar mensagens para ela até seus 27 anos, para que se sentisse próxima de mim”, diz.

Hoje, a ferramenta tem 20 mil usuários em dez países. “Nos próximos cinco anos temos 9.200 mensagens para serem entregues”, conta. Mesmo podendo servindo a diversas situações, como deixar um recado para si próprio para seguir uma dieta, por exemplo, o app continua sendo usado, na maioria das vezes, por pessoas com doenças terminais ou em situação de risco, como uma viagem para um local em guerra.

“É algo pensando no futuro. Se nada acontecer, as mensagens podem não ser enviadas.”

 

 

Dann Barbosa com informações de Folha de S. Paulo

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