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Mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais do que os homens por semana, diz pesquisa

Casas com mulheres como chefe de família passou de 23% para 40% em 20 anos

Rendimento das mulheres negras é o que mais se valorizou (80%), e o dos homens brancos é o que menos cresceu (11%)Thinkstock

Nos últimos 20 anos, as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana, de acordo com o estudo “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça” com base em séries históricas de 1995 a 2015 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. A pesquisa foi divulgada nesta segunda-feira (6).

 

De acordo com os dados, em 2015 a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas, enquanto a dos homens era de 46,1 horas. Em relação às atividades não remuneradas, mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas — proporção que se manteve com pouca alteração ao longo de 20 anos, assim como a dos homens.

 

Ainda sobre esse tema, — ao todo o estudo analisa 12 blocos temáticos — quanto mais alta a renda das mulheres, menor a proporção das que afirmaram realizar tarefas domésticas. No caso das mulheres com renda até um salário mínimo, 94% dedicavam-se aos afazeres domésticos, contra 79,5% entre as mulheres com renda superior a oito salários mínimos.

 

A situação dos homens é inversa já que a parcela dos que declararam realizar trabalho doméstico é maior entre os de mais alta renda: 57% dos que recebiam de cinco a oito salários mínimos diziam realizar esses afazeres. Essa proporção cai para 49% entre os que tinham renda mais baixa.

 

Em relação à renda, proporcionalmente, o rendimento das mulheres negras é o que mais se valorizou entre 1995 e 2015 (80%), e o dos homens brancos é o que menos cresceu (11%). No entanto, a escala de remuneração manteve-se inalterada em toda a série histórica: homens brancos têm os melhores rendimentos, seguidos de mulheres brancas, homens negros e mulheres negras. A diferença da taxa de desocupação entre gêneros também merece registro, de acordo com o Ipea: em 2015, a feminina era de 11,6%, enquanto a dos homens atingiu 7,8%. No caso das mulheres negras, ela chegou a 13,3% (e 8,5% para homens negros).

 

Ainda sobre mercado, a quantidade de trabalhadoras domésticas com até 29 anos de idade caiu mais de 30 pontos percentuais no período analisado: de 51,5% em 1995 para 16% em 2015. No entanto, o emprego doméstico ainda era a ocupação de 18% das mulheres negras e de 10% das mulheres brancas no Brasil em 2015. Já a renda das domésticas saltou 64% nesses 20 anos, atingindo o valor médio de R$ 739,00 em 2015 — ainda abaixo do salário mínimo, à época de R$ 788.

 

O número de trabalhadoras formalizadas também aumentou. Em 1995, 17,8% tinham carteira assinada e em 2015 a proporção chegou a 30,4%. Mas a análise dos dados da Pnad sinalizou uma tendência de aumento na quantidade de diaristas no país. Elas eram 18,3% da categoria em 1995 e chegaram a 31,7% em 2015.

 

Família

Outros dados destacados pelo Ipea são sobre chefes de família e reconfiguração nos arranjos familiares. Segundo a pesquisa, os lares brasileiros são cada vez mais chefiados por mulheres. Em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referência. Vinte anos depois, esse número chegou a 40%, sendo que as famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas, havia a presença de um cônjuge.

 

Junto com o aumento do número de famílias chefiadas por mulheres, houve uma gradativa reconfiguração dos arranjos familiares. Em 1995, o tipo mais tradicional, formado por um casal com filhos, respondia por cerca de 58% das famílias. Já em 2015, esse percentual caiu para 42% e houve aumento significativo do número de domicílios com somente uma pessoa e também o percentual de casais sem filhos.

 

Escolaridade

A pesquisa identifica que, nos últimos 20 anos, apesar do movimento de queda, a diferença de escolaridade entre raças ainda é alta. Nesse período, mais brasileiros conseguiram chegar ao nível superior e entre 1995 e 2015, a população adulta negra com 12 anos ou mais de estudo passou de 3,3% para 12%. Porém, o patamar alcançado em 2015 pelos negros era o mesmo que os brancos tinham já em 1995. Já a população branca, quando considerado o mesmo tempo de estudo, praticamente dobrou nesses 20 anos, variando de 12,5% para 25,9%.

 

A pesquisa traz informações em 12 blocos temáticos: população; chefia de família; educação; saúde; previdência e assistência social; mercado de trabalho; trabalho doméstico remunerado; habitação e saneamento; acesso a bens duráveis e exclusão digital; pobreza, distribuição e desigualdade de renda; uso do tempo; e vitimização.

 

 

 

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