O governo do Japão decidiu nesta quinta-feira suspender o alerta de estado de saúde para o novo coronavírus na maior parte do território nacional, onde as infecções foram significativamente reduzidas, embora continue em vigor na região de Tóquio.
“Tomamos essa decisão depois de consultar especialistas e verificar que o critério objetivo de diminuir o número de infecções foi cumprido nas últimas duas semanas”, explicou o primeiro-ministro Shinzo Abe, durante entrevista coletiva.
Dessa forma, em 39 das 47 províncias do Japão, as restrições e recomendações aplicadas no quadro do estado de emergência para combater a Covid-19 podem ser progressivamente retiradas, antes do prazo de 31 de maio inicialmente estabelecido pelo governo central.
No entanto, o alerta continuará em vigor em duas das áreas metropolitanas mais habitadas do país, Tóquio e Osaka, além de Chiba, Saitama, Kanagawa, Hokkaido, Kyoto e Hyogo, para garantir que o número de novos casos continue caindo e garanta que hospitais não atinjam o limite de sua capacidade.
Em Tóquio e Osaka, houve uma queda de 60% nas infecções diárias, “mas isso não é suficiente”, porque ainda há muita pressão nas instalações médicas das duas regiões e um grande número de pacientes que precisam de assistência respiratória, disse Abe.
O governo realizará uma nova reunião no próximo dia 21 com o grupo de especialistas em saúde que analisa a evolução da pandemia, podendo depois retirar o estado de alerta no resto do país “se os requisitos forem atendidos”, disse o premier.
Para impedir que novas infecções ocorram após a suspensão do estado de emergência, Abe disse que o retorno à normalidade será “gradual” e incluirá “medidas extensivas”, como orientações para a reabertura de lojas, restaurantes e estabelecimentos públicos.
Até o momento, o Japão detectou cerca de 16,7 mil casos do novo coronavírus e 700 mortes (incluindo números relacionados ao cruzeiro Diamond Princess), com 31% das infecções concentradas em Tóquio.