O secretário de Saúde dos Estados Unidos, Alex Azar, afirmou nesta segunda-feira, durante a assembleia da Organização Mundial de Saúde (OMS), garantiu que a entidade “fracassou” na gestão internacional da pandemia da Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.

“A OMS não conseguiu a informação suficiente para atender o mundo, e muitas pessoas morreram”, disse o representante americano no encontro, que está sendo realizado de maneira virtual.

“Isso não pode acontecer. A OMS precisa ser muito mais transparente e prestar contas”, completou Azar.

Em abril, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez anúncio do bloqueio do repasse que o governo faz à Organização Mundial de Saúde, sob a alegação de não concordar com a forma como foi gerida a crise provocada pela Covid-19.

Azar garantiu que os EUA, país com mais casos e mortes em decorrência da infecção pelo novo coronavírus, estão sendo bem-sucedidos no desenvolvimento de vacinas, algumas já em fase de testes com humanos.

“A forma transparente com que dividimos os resultados beneficiará a todo o mundo”, disse o secretário de Saúde.

Segundo o representante, o governo americano destinou US$ 9 bilhões (R$ 51,6 bilhões) para financiar a resposta contra a pandemia.

Além disso, Azar disparou contra a China, sem citar o nome do país, mas garantindo que não houve transparência no país. O secretário também criticou a OMS por não aceitar que Taiwan participasse a assembleia como observador.

Mais cedo, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, assinou comunicado em que condena a exclusão do território chinês, que foi o primeiro a lançar alerta sobre a propagação do novo coronavírus.

“Democracias transparentes, vibrantes e inovadoras, como Taiwan, sempre respondem de forma mais rápida e efetiva às pandemias do que os regimes autoritários”, garantiu o integrante do governo.