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Lula depõe nesta terça a juiz do DF para explicar suspeita de obstrução da Lava Jato

Réu na ação penal, ex-presidente prestará depoimento na 10ª Vara Federal de Brasília;

petista e outros seis são acusados pelo Ministério Público de tentar impedir delação de Cerveró.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestará depoimento nesta terça-feira (14) ao juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília, para explicar a suspeita de que tentou obstruir as investigações da Operação Lava Jato.

Lula é um dos sete réus da ação penal aberta em julho do ano passado para investigar se houve uma tentativa do grupo de convencer o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró a não fechar acordo de delação premiada.

Segundo as investigações, Lula, o senador cassado Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves – sócio do BTG Pactual –, o advogado Edson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, teriam tentado impedir que Cerveró revelasse à Justiça detalhes do esquema de corrupção que atuava na Petrobras em troca de uma redução da pena.

O ex-presidente da República deveria ter sido ouvido pela Justiça Federal de Brasília em fevereiro. Mas o juiz responsável pelo caso adiou o depoimento para esta terça-feira a pedido da defesa de Lula. A mudança foi autorizada em razão da morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia.

Os depoimentos dos outros seis réus da ação penal estão marcados para esta sexta-feira (17), também em Brasília.

À época da abertura da ação penal, em julho do ano passado, a defesa do ex-presidente alegou, em nota, que Lula já esclareceu, em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), que “jamais interferiu ou tentou interferir em depoimentos relativos à Lava Jato”.

Esquema especial de trânsito

De acordo com a Justiça Federal do DF, o trânsito na via W2 Norte, na Asa Norte, ficará interditado entre as quadras 509 e 510, em razão do depoimento do ex-presidente. O edifício da 10ª Vara Federal de Brasília fica nessa região.

Ainda de acordo com a assessoria da Justiça Federal, a interdição do trânsito neste trecho foi recomendado pela Polícia Militar, para “evitar grandes manifestações contrárias ou a favor do interrogado”.

Entenda o caso

Em novembro de 2015, o então senador Delcídio do Amaral foi preso pela Polícia Federal após ter sido gravado pelo filho de Nestor Cerveró prometendo à família do ex-diretor da área internacional da Petrobras que iria conversar com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar libertá-lo.

À época, Cerveró estava preso preventivamente em Curitiba, acusado de participar do esquema que desviou dinheiro da Petrobras. Delcídio, naquela ocasião, era o líder do governo Dilma Rousseff no Senado.

Em um dos trechos do áudio gravado pelo filho de Cerveró, o ex-senador petista sugeriu um plano de fuga no qual o ex-dirigente da estatal iria para a Espanha passando pelo Paraguai.

Na gravação, Delcídio também prometeu ajuda financeira de R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró e honorários de R$ 4 milhões para o advogado Édson Ribeiro, que, até então, comandava a defesa do ex-diretor da Petrobras na Lava Jato.

Em contrapartida, apontam as investigações, Cerveró omitiria em sua delação premiada fatos envolvendo Delcídio, Lula, Bumlai, André Esteves e os demais acusados de obstruir a operação.

Em maio do ano passado, quando incluiu Lula, Bumlai e Maurício Bumlai na denúncia que já havia sido apresentada ao STF contra Delcídio, André Esteves, Diogo Ferreira e Édson Ribeiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que o ex-presidente controlou as decisões do esquema operado na estatal.

Janot também afirmou na acusação que Lula tentou influenciar o andamento da Lava Jato.

Justiça Federal do DF aceita denúncia e ex-presidente Lula vira réu na Lava Jato

A denúncia acusa os sete réus de três crimes: embaraço à investigação de organização criminosa, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão; patrocínio infiel (que é quando advogado não defende corretamente interesses do cliente).

Os outros réus foram considerados coautores de Édson Ribeiro neste crime, que prevê pena de 6 meses a 3 anos; e exploração de prestígio, cuja pena prevista é de 1 a 5 anos.

Outras investigações sobre Lula

Além do processo que apura o caso envolvendo Cerveró, Lula é réu em outras duas ações penais em Brasília e em mais duas no Paraná.

 

 

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