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Se Bolsonaro ganhar, choro e saio da política, diz Ciro Gomes em sabatina

RIO – O candidato do PDT, Ciro Gomes, participou nesta quarta-feira de sabatina promovida pelos jornais O GLOBO e “Valor Econômico” e pela revista “Época“. Além das críticas ao PT e à polêmica candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele comentou o envolvimento do Exército na política e aumentou o tom contra os militares.

“No meu governo, militar não pode falar de política”. Ao falar de economia, ele sustentou que, caso eleito, o Banco Central continuará perseguindo metas de inflação e emprego. Ao final da entrevista, que durou duas horas, Ciro prometeu “sair da política” caso Jair Bolsonaro (PSL) seja eleito presidente.

– Vou desejar boa sorte a ele, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois vou chorar. Eu saio da política. A minha razão de estar na política é confiar no povo brasileiro.

Sobre a polêmica do registro de candidatura do PT, para Ciro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perdeu sua percepção da realidade porque está isolado na prisão e cercado de puxa-sacos.

“O Brasil não agüenta outra Dilma nesse sentido de um pessoa assumir porque é indicada pelo Lula. Não podemos ter outro presidente por procuração”.

– O Lula a gente tem que relativizar, porque ele está isolado. E, agora, o Lula está com um problema, porque morreram o Márcio Thomaz Bastos (ex-ministro da Justiça), o Luiz Gushiken (ex-ministro da Comunicação Social), está sem José Dirceu…, perdeu dona Marisa (Letícia). Hoje o Lula está cercado de puxa-saco e perdeu um pouco da visão genial que ele tem da realidade. Se ele estivesse solto, não teria permitido uma série de desatinos que estão sendo promovidos – disse.

Ciro Gomes em entrevista ao Jornal O Globo
Ciro Gomes em entrevista ao Jornal O Globo Foto: Facebook / Reprodução

Ciro explicou por que acha que é diferente de Fernando Haddad (PT). De acordo com ele, o petista não conhece o país. De olho nos votos de centro, ele afirmou que é “um pouco mais largo” do que Haddad.

– A proposta que tenho fala com a centro-esquerda.

Embora já tenha dito que Lula foi condenado sem provas, ele negou que daria indulto ao ex-presidente caso fosse eleito.

– Isso é só intriga.

Ciro afirmou que não visitou Lula na prisão, em Curitiba, porque primeiro não foi autorizado pela juíza de execuções penais e, depois, não foi incluído na lista feita pelo ex-presidente.

– Eu não iria por razão política, iria, por razão humanitária – disse ele.

EXÉRCITO E CADELAS NO CIO

Ao falar de sobre um tema caro a Jair Bolsonaro (PSL), Ciro diz que no seu governo, militar não pode falar de política. Quer as Forças Armadas altivas. Mas ele será o chefe. E ainda sobrou para o vice de Bolsonaro: “um jumento de carga”, disse sobre o general Mourão.

Sobre a declaração do Comandante Villas Boas que próximo presidente pode não ter legitimidade, Ciro foi ainda mais ácido.

– Estaria demitido e provavelmente pegaria uma “cana”. Mas deixa eu explicar, ele está fazendo isso para tentar calar a voz das “cadelas no cio” que embaixo dele estão se animando com essa barulheira. Esse lado fascista da sociedade brasileira. Esse general Mourão, que é um jumento de carga, tem uma entrada no Exército e agora se considera tutor da nação. Os brasileiros têm que deixar muito claro que quem manda no país é o povo.

Durante a sabatina do GLOBO, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, falou sobre a relação que pretende ter com os militares caso seja eleito:

– Sob ordens da Constituição eu mando e eles obedecem. Não quero eles envolvidos em negócio de narcotráfico. Isso é invenção de norte-americano. Eu os quero altivos, bem remunerados, mas no meu governo o Exército não fala em política.

O candidato do PDT afirmou que agradeceu o convite e disse que essa não era a forma de fazer uma liderança para o país.

– O Brasil não pode viver por outorga. O Brasil não aguenta outra Dilma nesse sentido de uma pessoa assumir porque é indicada pelo Lula. Não podemos ter outro presidente por procuração – disse Ciro, acrescentando que Fernando Haddad, indicado pelo ex-presidente para substitui-lo na campanha, não conhece o Brasil.

Para o candidato pedetista, esse movimento de manutenção da candidatura de Lula até o último momento, mesmo sabendo da inviabilidade, demonstra que o PT não está pensando no país.

– E o PT muitas vezes dá demonstração que só pensa em si e nesse passo é muito flagrante isso. Todos sabiam que o Lula não podia ser candidato e contraria a inteligência do povo.

AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL

Ciro afirmou que pretende mudar as prerrogativas do Banco Central para que ele persiga uma meta da menor inflação possível e a maior geração de empregos. Hoje, o BC tem apenas uma meta de inflação como guia da política monetária.

– O Banco Central terá duplo comando. Para ter a menor inflação e o maior emprego. E o Banco Central será subordinado a mim – para a instituição.

Apesar de criticar a políticas econômica adotada pelo governo Michel Temer, ela disse que o atual presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, tem atuado corretamente à frente da instituição.

Ciro afirmou ainda que fará uma redução de pelo menos 15% das desonerações fiscais concedidas a vários setores produtivos e que geram uma renúncia fiscal de aproximadamente R$ 354 bilhões

E, questionado sobre qual setor, poderá sofrer com essa decisão, apontou que o setor automobilístico é um deles.

– Qual o sentido de estimular o consumo de automóveis no Brasil com renúncia fiscal — disse Ciro, acrescentando que as montadoras estão com a produção parada e o argumento de manutenção de emprego não serve nesse caso.

VICE DE LULA

Logo no começo da entrevista, Ciro revelou que depois que sua candidatura já estava homologada pelo PDT, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG) e o senador Roberto Requião (MDB-PR) o procuraram para que ele desistisse da disputa e aceitasse ser vice numa chapa encabeçada por Lula. O acordo previa que quando o petista preso em Curitiba fosse formalmente impedido pela Justiça Eleitoral, Ciro assumiria a candidatura em seu lugar.

O candidato do PDT afirmou que agradeceu o convite e disse que essa não era a forma de fazer uma liderança para o país.

– O Brasil não pode viver por outorga. O Brasil não agüenta outra Dilma nesse sentido de um pessoa assumir porque é indicada pelo Lula. Não podemos ter outro presidente por procuração – disse Ciro, acrescentando que Fernando Haddad, indicado pelo ex-presidente para substitui-lo na campanha, não conhece o Brasil.

Para o candidato pedetista, esse movimento de manutenção da candidatura de Lula até o último momento, mesmo sabendo da inviabilidade, demonstra que o PT não está pensando no país.

– E o PT muitas vezes dá demonstração que só pensa em si e nesse passo é muito flagrante isso. Todos sabiam que o Lula não podia ser candidato e contraria a inteligência do povo.

DILMA ‘DESASTRADA’ E SPC

Ao defender a utilização do Banco do Brasil (BB) e da Caixa Econômica Federal (CEF) para forçar a diminuição de juros e tarifas bancárias, Ciro criticou a ex-presidente Dilma, que tentou o mesmo expediente.

– Por favor, não compare minhas ideias com a Dilma que fico ofendido. O governo dela foi desastrado – disse o candidato do PDT, ressaltando que a petista é uma mulher “honrada”.

Ciro foi contra o impeachment de Dilma, ao qual se refere até hoje como “golpe”.

Para Ciro, BB e CEF atualmente fazem parte do “cartel” formado por cinco bancos. Ele propôs a regulamentação de Fintechs (bancos digitais) e a utilização de cooperativas de crédito para aumentar a concorrência no setor financeiro.

O presidenciável do PDT voltou a prometer que vai tirar 63 milhões de pessoas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) por meio do refinanciamento dessas dívidas:

– Meus adversários, por demofobia, criticaram e agora estão imitando.

Ciro é o segundo a participar da série de entrevistas com os principais candidatos à Presidência, de acordo com as pesquisas de intenções de voto. Na terça-feira, Marina Silva (Rede) iniciou a sequência de sabatinas, que terá ainda Geraldo Alckmin (PSDB) na quinta-feira.

A sabatina foi conduzida pelos colunistas do GLOBO Miriam Leitão, Merval Pereira, Lauro Jardim, Ancelmo Gois e Bernardo Mello Franco e pela diretora de redação da revista Época, Daniela Pinheiro.

 

 

Paraíba em Minuto com ExtraOnline

 

 

 

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