Renato Gaúcho chamou a atenção para si antes da semifinal. Mais do que sinal de confiança, era estratégia para tirar a pressão dos seus jogadores.
Inicialmente, deu certo. Mesmo superior, o Flamengo esbarrou no VAR — que anulou três gols — e em uma falha defensiva nos minutos finais e só empatou por 1 a 1 com o Grêmio, ontem. Com isso, a vaga na final da Copa Libertadores segue em aberto.
Com a regra do gol marcado fora de casa, o Flamengo pode empatar sem gols no jogo de volta, dia 23, no Maracanã, que irá à decisão. Nova igualdade em 1 a 1 leva para os pênaltis.
Não houve novidade na atuação do Flamengo. Pelo contrário, só seguiu a cartilha de Jorge Jesus: é preciso jogar bem dentro e fora de casa se quiser ser campeão. Marcando pressão e sufocante no ataque, foi soberano no primeiro tempo e só não abriu o placar pois o VAR foi protagonista.
As únicas comemorações da torcida gremista antes do intervalo foram ver os gols de Everton Ribeiro, por falta, e de Gabigol, confirmando o impedimento, serem anulados.
O problema é que manter esse ritmo por tanto tempo cobra o seu preço e o Grêmio cresceu quando o Flamengo cansou. Luan passou a ditar o ritmo do jogo e dos pés do camisa 7 saiu o passe para Everton, que só não entrou com bola e tudo pois Diego Alves fez sua defesa mais importante nesta edição de Libertadores até então.
Mas outra característica desta equipe do Flamengo é saber ser mortal no momento certo. A estratégia foi aproveitar os espaços deixados aos contra-ataques. Assim nasceu a liberdade dada a Arrascaeta, que precisou cruzou para Bruno Henrique anotar. O VAR ainda anularia outro gol de Gabigol, por impedimento, antes de um erro fazer a diferença.
Com Filipe Luís caído, o Flamengo não conseguiu parar a jogada e, com a menos na defesa, viu Everton ter espaço para cruzar e Pepê empatar. Placar que deixa a semifinal em aberto