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RECIFE EM ALERTA: Em seis horas, chuva atinge 36% da média de maio e Apac emite alerta

No Grande Recife, foram 118 milímetros; esperado para maio é de 328 mm.
Houve deslizamentos de barreiras em três pontos do Recife e de Olinda.

Avenida Antônio de Góes, no Pina, ficou completamente engarrafada (Foto: Marjorye Cavalcanti/WhatsApp)
Avenida Antônio de Góes, no Pina, ficou completamente engarrafada (Foto: Marjorye Cavalcanti/WhatsApp)

Em apenas seis horas, choveu no Recife o equivalente a 36% do previsto para todo o mês de maio. A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de chuva forte até a manhã de terça-feira (31) em toda a Zona da Mata e na Região Metropolitana.

Segundo a Secretaria Executiva de Defesa Civil da capital, o acumulado de chuva na cidade chegou a 118 milímetros. O número representa 35,97% da média histórica de precipitações no mês, que corresponde a 328 mm.

Transtornos
O secretário-executivo de Defesa Civil do Recife, Cássio Sinomar, informou que aconteceu um deslizamento de barreira no Córrego do Curió, na Zona Norte da capital. Houve apenas danos materiais.  Outro acidente ocorreu na comunidade Portelinha, na UR-5, no Ibura, na Zona Sul. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma encosta também caiu, na Avenida Vinsconde Garré, em Passarinho, Olinda. A corporação recebeu informações sobre vítimas na residência número 158.

Chuva segunda-feira 30 de maio (Foto: Reprodução/Whatsapp)
Chuva segunda-feira 30 de maio (Foto: Reprodução/Whatsapp)

O meteorologista Romílson Ferreira revelou que em Olinda foi registrada uma precipitação de 115 milímetros. Na Boa Vista, na área central da capital pernambucana, o acumulado no início da manhã desta segunda era de 89 milímetros. Em Dois Unidos, na Zona Norte, a APAC notificou 85 milímetros de precipitação. A previsão para o resto do dia é de chuva de moderada a forte, o que exige muita atenção de quem precisa dirigir.

A chuva forte deixou todo o Grande Recife preocupado. Por volta das 4h, a Avenida Boa Viagem já tinha se transformado em rio. Não era possível saber o que era pista, ciclovia ou calçada. Tudo estava cheio de água. Na Avenida Conselheiro Aguiar, havia muitos pontos alagados. E na Antônio de Góis, no Pina, alguns motoristas tiveram que pegar a contramão.

A situação também ficou complicada no Barro, Zona Oeste, em na Avenida Norte. Em alguns pontos, a água ultrapassava a altura da porta dos veículos de passeio. A Avenida Abdias de Carvalho também amanheceu coberta.

Alagamento atrapalha fluxo de carros nas proximidades da beira mar de Olinda (Foto: Marcos Correira/TV Globo)
Alagamento atrapalha fluxo de carros nas proximidades da beira mar de Olinda (Foto: Marcos Correira/TV Globo)

Olinda
Em alguns pontos de Olinda, a situação já era muito difícil às 5h. Na Avenida Getúlio Vargas, em Bairro, Novo, não era possível trafegar. A Praça 12 de março estava completamente alagada. Com a visibilidade muito baixa, o risco de acidente ficou muito alto. Na Rodovia PE-15, perto do viaduto da entrada de Ouro Preto, carros ficaram cobertos.

Acumulado
Até a terça-feira (24), os dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) mostravam que cinco dos 14 municípios do Grande Recife já tinham a média histórica de chuvas para o mês de maio.

Até aquela data, Araçoiaba tinha o maior percentual acumulado em relação à media do mês. No município, a Apac registrou 314 milímetros (mm). A média histórica de maio é de 207 mm. Portanto, o acumulado sobre a média é de 152%.

Olinda registrou o 9º maior volume de chuva no mês: 372 milímetros. A média histórica na cidade é de 325 mm. O acumulado sobre a média, até o dia 24 de maio. Ficou em 114%.
Também já superaram a média histórica de chuva para maio as cidades de Igarassu, 114%, Itamaracá, com 111%, e Itapissuma (100%). Paulista notificou acúmulo de 99% e o Recife chegou a 84%.

Por causa das chuvas da manhã desta quarta-feira, foram registrados vários pontos de alagamento no Grande Recife. Houve probblemas com semáforos em Boa Viagem, na Zona Sul, e na Boa Vista, na área central da capital.

Árvore caiu na Avenida Santos Dumont, nos Aflltos (Foto: Cacyone Gomes/TV Globo)
Árvore caiu na Avenida Santos Dumont, nos Aflltos (Foto: Cacyone Gomes/TV Globo)

Temporal
Entre os dias 8 e 10 de maio, o Grande Recife registrou a pior chuva dos últimos 30 anos. A grande quantidade de água que caiu, no entanto, não representará benefícios diretos para o cidadão. Em pelo menos 37% das residências na Região Metropolitana chegam a ficar três dias sem água na torneira e isso não deverá mudar a curto prazo.

Obras complementares, como a instalação de tubulações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), não têm previsão de ser realizadas. Enquanto isso, o que fica do temporal é apenas o rastro de destruição.

Barragens
Após as chuvas, as barragens, que já estavam cheias, esbanjam alto volume de água, no Grande Recife. Por exemplo, a barragem Bita, no Cabo de Santo Agostinho, opera em 97,3% da sua capacidade. Pirapama e Sucupema, ambas também no Cabo, sangram com 103,4% e 100,3%, respectivamente. Ao todo, são seis barragens que atenderiam toda população, se essas obras da companhia estivessem em dia.

Em contrapartida, outras regiões do estado vivem uma situação oposta quando o assunto é chuva e abastecimento de água. Das 49 barragens pernambucanas, 28 estão em colapso. Das que estão situação crítica, todas estão localizadas no Agreste ou Sertão pernambucano.

Ao todo, são 170 municípios que convivem com a incerteza de que alguma água sairá das torneiras. Uma realidade que não mudará para melhor nem tão cedo, segundo o meteorologista da Agência de Águas e Clima Fabiano Prestrelo.

Segundo ele, para que os níveis desses reservatórios voltem a subir é preciso ocorrer um período chuvoso igual ou superior ao da seca. Nesse ano, não houve por causa do fenômeno El Niño. O que estava ruim piorou. Prestrelo ressalta que é necessário ter um sistema oposto desse, o La Niña, mas não há previsão desse fenômeno também para o próximo ano.

Bacias hidrográficas como a do Rio Brígida estão com todas as oito barragens em colapso. Já a bacia hidrográfica do Rio Terra Nova está com três das quatro barragens zeradas. Desde o dia 10 de abril, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una, todos no Agreste, estão sendo abastecidos exclusivamente por carros-pipa. A medida emergencial se dá pelo colapso das barragens de Bitury e Pedro Moura Júnio.

De acordo com a Compesa, o gasto mensal para o fornecimento nestas quatro cidades será de R$ 500 mil para custear 70 carros-pipa – 50 para Belo Jardim e 20 para os demais municípios. Os recursos são da companhia e do governo federal, por meio da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe).

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