Assessora de vereadora em Cáceres-MT, Niuara Jéssica Artiaga Siva, de 29 anos anos é demitida da Câmera de Vereadores após participar de um ensaio sensual fotográfico.
Chateada Niuara fez uma publicação em seu perfil em uma rede social nesta quarta-feira (21).
Segundo relato, ela teria passado por momentos constrangedor após o ensaio sensual, o cargo que Niuara Jéssica Artiaga ocupava era de assessora de gabinete, a demissão dela foi divulgado no diário oficial nesta última terça-feira (20).
Em relato em seu perfil pessoal, ela relata e tinha consciência dos assédios que podia ocorrer após a publicação do ensaio, ela relata ainda que desde das publicações do ensaio ela vem recebendo mensagens “inconvenientes” e “ofensivas”.
“Só quero esclarecer que realizei um trabalho artístico para as lentes de um profissional. E venho informar que não sou garota de programa, como tem gente imaginando, apenas por ter feito esse ensaio”, diz Niuara.
Confira carta aberta de Niuara Jéssica Artiaga no Facebook.
“Galera venho aqui expor uma situação constrangedora que venho passando em relação de ter realizado um ensaio fotográfico de Nu Artístico Feminino.
Primeiro que fui exonerada do meu trabalho por ter feito o ensaio fotográfico. Segundo eu tinha consciência dos possíveis assédios e comentários in Box e eu sempre soube lidar com isso em razão de ter minha vida sempre exposta e com fotos diversificadas nas redes sociais.
No entanto tem muito “Homem” sendo inconveniente e ofensivo querendo saber valores pra eu me sujeitar a uma saidinha, passeio, ou o famoso PG e até a compra das fotos!!
Só quero esclarecer que realizei um trabalho artístico para as lentes de um profissional que visou divulgação do teu trabalho enquanto fotógrafo, sem abono ou presentinhos por isso.
E venho informar que NÃO SOU GAROTA DE PROGRAMA como tem gente imaginando apenas por eu ter feito esse ensaio fotográfico.
Esse tipo de atitude infelizmente é uma consequência do machismo da nossa sociedade, que naturalizada a ideia de que mulheres estão sempre disponíveis e interessadas pelo ato sexual e ainda são consideradas vulgares.
Eu, enquanto MULHER, historiadora e assistente social devo sim levantar a voz contra o assédio sexual no contexto das redes sociais, e já informo as mulheres e homens que isso não tem nada haver com moralismo, e sim com o respeito.
Por isso digo: mulheres não se sintam acuadas e intimidadas em fazer o que sente vontade ou para recusar um avanço sexual — seja ele ao vivo ou pelas redes sociais
E tem mais: cantada invasiva pode ser considerada uma contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor, definida pelo artigo 61 da Lei”
Confira abaixo a portaria com a exoneração:
Fonte:Diário Prime
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