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‘Não vou deixar impune. Vou defender a causa feminina e a arbitragem’, diz árbitra agredida durante partida de futsal no Piauí

Eliete Fontenele foi agredita com vários socos após apresentar um cartão vermelho a um jogador
Eliete Fontenele foi agredita com vários socos após apresentar um cartão vermelho a um jogador Foto: Reprodução

A árbitra Eliete Fontenele, de 42 anos, que foi agredida durante uma partida de futsal na Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), no Piauí, nesta segunda-feira, pretende lutar para que o agressor não fique impune.

A piauiense que apita jogos há 20 anos deseja também que o episódio sirva de exemplo para que mulheres e árbitros sejam mais respeitados.

— Eu espero que seja feita Justiça porque quero que esse caso sirva de exemplo para outros tantos que podem ocorrer por aí. Quero e vou defender a causa feminina e também o respeito a arbitragem — ressaltou.

Eliete disse que ficou surpresa com o que aconteceu principalmente porque, apesar de ter ouvido xingamentos ao longo de duas décadas nas quadras, nunca imaginou que seria vítima de uma agressão física por conta de um cartão. Ela levou socos no rosto após uma confusão inciada pelos próprios jogadores no local, que não aceitaram a marcação de uma falta.

— Depois que foi cada um para o seu lado, eu apenas cumpri a regra e apresentei o cartão vermelho para dois jogadores que tinham agredido adversários. Neste momento, um terceiro me puxou pelo braço. Ele não aceitou a punição. Eu dei dois passos para trás e mais uma vez fiz meu trabalho. Apliquei a regra. Foi nesse momento que ele me agrediu — contou.

Eliete conta que num impulso, virou o rosto e conseguiu desviar do primeiro soco, mas acabou sendo atingida por outros dois golpes.

— A minha sorte é que eu consegui desviar e recebi os dois socos seguintes de lado. Acho que se estivesse de frente, eu nem estaria aqui conseguindo falar com você. Quando caí, vi muito sangue e achei que tinha quebrado o nariz, mas meu colega que já estava tentando me socorrer, avisou que minha boca é que tinha sido cortada — disse.

Eliete Fontenele, de 42 anos, é árbitra há 20
Eliete Fontenele, de 42 anos, é árbitra há 20 Foto: Reprodução/Redes Sociais

A árbitra foi levada para um banheiro em seguida, onde conseguiu lavar o rosto para limpar o ferimento. Ela foi imediatamente encaminhada para a delegacia, onde registrou um boletim de ocorrência. O resultado do exame de corpo de delito ficou pronto no fim desta manhã e foi encaminhado para a Polícia Civil.

— A minha certeza é de que não vou deixar de fazer meu trabalho. Amo o que eu faço e jamais vou desistir disso. Fui atleta, sempre amei esportes e sempre respeitei qualquer juiz. O que mais me dói é isso. Eu nunca agredi ninguém, sempre respeitei todo mundo e fui vítima disso. Não vou deixar impune. Vou até o fim — defendeu.

Segundo a árbitra, dirigentes da UFDPar também entraram em contato com ela e estão oferecendo suporte. A universidade emitiu uma nota repudiando o episódio e informou que vai abrir uma sindicância para apurar o caso.

O agressor foi identificado como Rodrigo Quixaba e era presidente do Centro Acadêmico de Engenharia de Pesca (CAEP). Além de repudiar o que aconteceu, o grupo informou que Quixaba foi desligado de qualquer atividade do CAEP. Ele fugiu logo após a agressão.

O vídeo foi bastante compartilhado nas redes sociais com a identificação de que o caso aconteceu na Universidade Federal do Piauí. A UFNDPar de fato era um campus avançado da UFPI no município de Parnaíba, mas se tornou uma instituição independente em abril de 2018.

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