Nesta segunda, houve uma reunião para discutir o problema, na qual foram convidados representantes das Secretarias de Saúde da Paraíba e dos Municípios onde os hospitais estão sediados, integrantes do Ministério Público, Procuradoria Regional do Trabalho, e também foram chamados senadores e deputados federais paraibanos.
A diretora administrativa do Hospital Flávio Ribeiro Coutinho disse que a instituição dispõe de R$ 160 mil para fazer o pagamento da folha da maternidade, mas o valor a ser pago chega até R$ 385 mil. Segundo a irmã Fátima Silva, desde que começou o ano de 2016, que a direção da unidade percebeu que não há mais possibilidade de mantê-la funcionando.
A diretora Irmã Fátima, uma das responsáveis pelo hospital Flavio Ribeiro, disse que já são 60 dias de atrasos no repasse. De acordo com a diretora, os repasses de dezembro do ano passado ainda não teriam sido feitos.
Na reunião desta segunda ficou decidido que os hospitais irão fazer uma nota comum que irá ser encaminhada para a impressa, secretários, deputados estaduais e federais, governador, Secretaria de Saúde e Ministério Público, pedindo providências. Caso não se mude a política de repasse para os o SUS, as instituições fecharão as portas.
O Ministério da Saúde informou que não há nenhum recurso em atraso e que é dever do gestor ou da secretaria local manter o repasse direto aos hospitais.
Por sua vez, a Secretaria de Saúde do Estado relatou que o repasse é feito diretamente pelo governo federal aos hospitais e não ocorre via Estado.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de João Pessoa declarou que segue rigorosamente os critérios de prazos e fluxos exigidos pelo Sistema Único de Saúde. “Os repasses dos recursos aos hospitais credenciados e conveniados são realizados após processamentos das contas ambulatórias e hospitalares e, aprovação por parte do Ministério da Saúde”, disse a SMS em nota.
Ainda de acordo com a SMS, atualmente há 24 hospitais credenciados e conveniados com a rede do Sistema Único de Saúde na Capital, entre instituições municipais, estaduais, militares, filantrópicas, privadas e federais.
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