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Novos prefeitos fazem mídia do caos e não apresentam soluções

Alguns prefeitos eleitos estão fazendo questão de midiatizar o caos vivido por seus municípios. 


Criam um cenário de terra arrasada. É situação de calamidade pra cá, emergência pra lá, fechamento de unidades de saúde, exposição de frotas sucateadas, boletins de ocorrência na polícia.

Tudo bem que são apenas os primeiros dias, mas eles precisam ser melhores do que isso. Não adianta apenas colocar culpa na gestão anterior para, de alguma forma, justificar eventual incapacidade de agir rápido; e, num curto prazo, colocar pra funcionar serviços essenciais e básicos.

Alhandra e Santa Rita, por exemplo, decretaram situação de emergência. 

Precisam agora sair do superficialismo e apresentar para seus habitantes um plano de ação que justifique a medida.

A “emergência” permite o corte de despesas, suspensão de contratos, compras e contratação de serviços sem licitação para ações imediatas.

É preciso ser transparente nessas medidas, independentemente da necessidade de ser ágil. A pressa não pode suprimir a legalidade e a transparência.

Alhandra fala em roubo de equipamentos da frota, sucateamento. Mas a prefeitura já se comprometeu a colocar a frota escolar para funcionar? Em quanto tempo? Quanto custa? Já fez auditoria ?

Em Bayeux, o prefeito Berg Lima mandou fechar a Upa. Disse que não tinha a estrutura. Mas precisa dar uma solução urgente, dar prazo para reabrir. Será que não era possível manter uma parte da unidade funcionando? O CRM foi chamado para avalizar a medida ou para apresentar uma solução alternativa?

Se agir rápido, evitará que achemos que só foi uma boa ação de mídia para justificar uma possível demora no melhoramento do serviço.

Em Santa Rita, o prefeito autorizou funcionários a usar máquinas e os fez usar o tempo de trabalho para fazer uma espécie de “exposição” da frota sucateada. Surreal. O troféu do caos. A população espera mais de Emerson Panta.

Não precisava dessa espetacularização. Precisa, de verdade, é garantir a compra de medicamentos para retomar o funcionamento nos postos. Precisa usar seus funcionários para limpar as escolas, que precisam iniciar o ano letivo o mais rápido possível.

Também precisa apresentar um plano para pagar os salários atrasados dos servidores, depois de fazer o “censo”, como afirmou que iria fazer.

Em Patos, Dinaldinho também fechou a Upa. Virou manchete. A população, agora, espera ansiosa por uma declaração dos gestores de Saúde da cidade com informações sobre a reabertura rápida, com atendimento possível.

Esses são alguns exemplos de que, por enquanto, temos muita espetacularização do caos. Ato que já está virando “lugar comum”. O prazo de tolerância da população tem diminuído muito e se expor a situação ajuda a ganhar tempo, também reforça na cabeça da população que muitos foram eleitos para dar soluções. Em breve chega a hora de agir mais e aparecer menos.

Por Laerte Sirqueira 

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