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Logo após a assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (3), servidores públicos de Santa Rita saíram em passeata pelas ruas da cidade em mais um protesto contra os retrocessos trabalhistas praticados pela gestão, no município.
Desde que reduziu os salários dos professores, o clima é de pânico e tensão entre as classes.
No final desta manhã, após ocupar a frente do Paço Municipal, o movimento andou mais alguns metros até chegar à Secretaria Municipal de Administração.
Os servidores adentraram o lugar para reivindicar do secretário Luciano Alvino que liberasse seus contracheques, suspensos sem nenhuma justificativa.
Segundo o relato do servidor Cleyton Ferrer, a reação foi “tirana” e “truculenta”.
De acordo com o funcionário, ao verem as pessoas se aproximando, a porta, que possui uma peça de vidro, foi fechada de forma violenta, estilhaçando o vidro e ferindo alguns servidores.
O clima tenso e de consternação se instalou e as pessoas voltaram-se umas às outras em forma de solidariedade, a fim de que fossem socorridas sem maior gravidade.
Os relatos do pânico gerado no local, no momento do ocorrido, são inúmeros e as fortes imagens dos ferimentos tomaram conta da rede.
Leia o relato que Cleyton Ferrer escreveu no Facebook, na íntegra:
“SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS.
Assim foi mais um dia de martírio em Santa Rita, PB.
Após a perseguição e tortura psicológica que os servidores públicos de Santa Rita, PB, vêm sofrendo nos últimos 6 meses da gestão Pantanosa, com salários diminuídos, direitos tolhidos, congelamento de salários, negação de direitos constitucionais, salários atrasados, e todo o infortúnio de truculências, foi realizada hoje pela manhã, uma assembléia geral, onde a pauta de discussão foi: nossos direitos cerceados e o assédio psicológico que vimos sofrendo.
Ao final, foi votado e aprovado por unanimidade, PARALIZAÇÃO DE 03 DIAS COM INDICATIVO DE GREVE, com a realização de ações pontuais, dentre elas, uma caminhada em protesto, onde paramos em frente à PMSR, com carro de som, e pedimos socorro à quem estivesse nos escutando, denunciando à população o descaso e falta de respeito do gestor, não só para com os servidores, mas para com toda a cidade.
Em seguida, continuamos nossa caminhada até a porta da Secretaria Municipal de Administração, tentar falar com o Secretário daquela pasta, e exigir nossos contra-cheques, pois os mesmos nos vinham sendo negados nos últimos meses, o que, para nossa tristeza, em pleno horário de expediente, tentaram barrar nossa entrada na citada Secretaria, e numa atitude tirana e truculenta, as portas foram batidas e fechadas na nossa cara.
Com a força do impacto que fecharam a porta, a janela de vidro estourou, e os estilhaços de vidro se precipitaram contra servidoras que estavam na calçada querendo entrar, ferindo algumas nos braços, que usaram para proteger os rostos, outras no braço e uma outra no rosto.
Apavoradas com a situação, algumas professoras, já com o estado emocional abalado pela subtração que tiveram nos salários, não contiveram as lágrimas, e foram solidárias, acolhendo umas as outras. Próxima quinta-feira, 06/07/2017, haverá uma nova assembléia, onde será deliberado sobre os rumos que tomarão o nosso movimento. Esta é a forma arbitrária, truculenta, violenta e desrespeitosa de governar, do cara que iludiu mais de 70% de um eleitorado, com uma falsa imagem de bom moço, com jaleco branco e estetoscópio no pescoço.
À luta companheiros(as), estamos juntos(as) firmes e fortes contra a tirania e opressão”.
Créditos: News Paraíba
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