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Elvis Presley, 40 anos depois da morte precoce, o mito vive

O Rei do Rock estaria agora com 82 anos

Elvis Presley, na TV, em1955 / foto: reprodução

 

Elvis Presley está morto há 40 anos. Quase o mesmo tempo que ele teve de vida, 42. Em 8 de janeiro de 2017 teria completado 82 anos. Hoje, nos recantos mais distantes do mundo, a efeméride será lembrada e lamentada pelos milhões de admiradores do cantor, a maioria o conhece da época em que se tornou um entertainer, a do obrigatório macacão cravejado de pedras preciosas, cabelos tingidos de preto, que cantava em Las Vegas para uma plateia com um olho no palco, o outro nas roletas do cassino.

 

Sua influência na música popular acabou em março de 1960, quando deu baixa do Exército. Retomou a carreira de maneira sugestiva, cantando no programa de TV de Frank Sinatra. Mas o mito não parou de ser incensado até 16 de agosto de 1977, já uma caricatura de si mesmo.

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Nascido em Tupelo, Mississippi, Elvis Presley veio do estrato social chamado de “white trash” (lixo branco) que, economicamente, se situava o mais próximo dos negros quanto brancos poderiam estar no segregado Sul dos Estados Unidos. Em 1939, envolvido, num crime de falsificação de um cheque de US$ 4, tramoia de um irmão de Gladys, mãe de Elvis, Vernon, o pai do futuro Rei do Rock, foi condenado a três anos de prisão. A pena foi reduzida a oito meses. A família conseguiu reconstruir a vida.

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Gladys não pôde ter mais filhos, depois do problemático parto dos gêmeos, Elvis e Jesse (que não sobreviveu). Ela, o marido e o garoto eram de poucos amigos, certamente estigmatizados na vizinhança pela prisão de Vernon, mas empregos não faltaram ao pai de Elvis, sobretudo quando eclodiu a Segunda Guerra, em 1945. Elvis Aaron Presley estava com 13 anos quando a família se mudou para Memphis, no vizinho Estado do Tennessee. Ele já tocava violão, mas sua educação musical vinha basicamente do rádio.

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Uma de suas emissoras preferidas era a WDIA, que tinha como slogan “The mother station of the negroes” (A estação mãe dos negros), não apenas por tocar música composta e gravada por negros, como por veicular também palestras, debates e até sermões de pastores famosos, transmitidos diretamente dos templos. Escutava também a música dos caipiras brancos, em emissoras como a WHHM, do Arkansas.

 

A miscigenação da música dos negros com o country & western dos brancos seria a base de sua música. Mas a influência na maneira de cantar e de se apresentar derivava-se apenas de artistas e grupos formado por negros. Ele aprendeu com os cantores de blues e rhythm & blues, como Wynnonie Harris ou T-Bone Walker, a mexer com os quadris e pernas, com sugestivos movimentos com os braços e mãos, que permaneciam restritos aos clubes segregados sulistas. Cantores brancos, até então, mal mexiam os lábios.

 

 TELEVISÃO

 

Se a sua presença tivesse sido limitada ao rádio e às apresentações pelo Sul dos EUA, certamente Elvis Presley faria sucesso, mas não nas dimensões do que alcançou. O que o catapultou para a fama instantânea foi a TV. Que tenha inventado o rock and roll é afirmação controversa, tampouco foi o primeiro ídolo da juventude americana. Frank Sinatra já enlouquecia adolescentes no início dos anos 40. Em 1948, apenas 0,66 % dos lares americanos possuía aparelho de TV. Em 1955, quando Elvis Presley era uma estrela de alcance regional, o percentual tinha saltado para 64% (no final da década de 50, chegaria a 90%).

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Portanto, ele não foi apenas ouvido, foi visto por milhões de americanos, quando se apresentou no Milton Eberle Show, em junho de 1956. Os adultos ficaram chocados. Os adolescentes extasiados, sobretudo as meninas. Os meneios sexualizados daquele caipira sulista criaram um abismo geracional. Elvis era só transgressão, racial, social e de gênero. Só mulheres se sacudiam diante das câmeras. Homens não vestiam de roupas de cores fortes nem usavam cabelos longos (para os padrões da época). Ele levou a performance copiada dos blueseiros aos quais assistia, em Memphis, na Beale Street, para a sala de estar da classe média americana.

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Depois de sua interpretação de Hound Dog (de Leiber/Stoller, gravada em 1952, por Big Mama Thornton), no Milton Eberle Show, a NBC pensou em suspender a apresentação seguinte de Elvis no programa de Steve Allen, mas não o fez. Embora tenha obrigado o cantor a se apresentar de fraque ao lado de um cãozinho. Mas não adiantou. A imprensa já o chamava de Elvis The Pelvis. Entre 1956 e 1957, Elvis Presley fez uma dúzia de apresentações na TV americana, que impulsionaram sua carreira como o rádio jamais poderia ter feito.

 

Elvis não era só para ser ouvido, precisava ser visto. Causou tanto furor, que a justiça proibiu que ele se mexesse de maneira lasciva diante das câmeras, na terceira apresentação no programa de Ed Sullivan, em Jacksonville, na Flórida. Para se garantir, os produtores do programa pediram que as câmeras só o focalizassem da cintura para cima. Mas aí já era tarde. Os teenagers estavam todos dominados.

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O rock and roll era odiado pelos pais e adorado pelos filhos que tinham agora sua própria música. Feito o chefe índio do romance O Estranho no Ninho, de Ken Kesey, Elvis Presley foi controlado, não por uma lobotomia, mas pela lavagem cerebral a que se submeteu quando, no auge da carreira, foi servir, durante dois anos (de 1958 a 1960) nas tropas de ocupação dos EUA na Alemanha derrotada.

 

Controlado pelo vigilante empresário Tom Parker, passou a cantar baladas adocicadas, protagonizar filmes açucarados, e só voltaria a emplacar um hit nº 1 em 1970 (Suspicious Mind), quando assumiu o personagem pelo qual é mais lembrado, pelo qual se espelham milhares de imitadores mundo afora

 

 

 

 

 

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